Nos distritos de Moma, Angoche, Mossuril, Lalaua e Eráti, na província de Nampula, além 136 salas de aulas, 2.191 casas, na sua maioria de construção precária, foram total e parcialmente destruídas pelas últimas chuvas intensas acompanhadas por ventos fortes e trovoadas, que caíram naquele ponto do país.
O distrito de Murrupula foi o mais afectado, com 1.091 casas arruinadas, 102 salas de aulas, das quais 29 de construção convencional – pelas chuvas e pelo vendaval – 1.321 livros ensopados pela água, 42 computadores danificados.
No distrito de Lalaua, mais de 200 famílias residentes nos povoados de Namachilo A e B, na vila sede do mesmo distrito, foram desalojadas e 13 pessoas contraíram ferimentos entre ligeiros e graves, e, felizmente, sem registo de nenhum óbito.
Nos distritos em alusão, grande parte das famílias assoladas continuam sem abrigo e algumas refugiaram-se nas casas de parentes e vizinhos, enquanto aguardam por um eventual apoio, uma vez que na sua maioria, senão todas, são carenciadas.
A construção de residências em locais inseguros e propensos a fenómenos naturais, tais como chuvas, ciclones e vendavais é apontada como uma das principais causas da destruição a que nos referimos.
Virgínia Malauene, delegada provincial do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) em Nampula, disse que face a esta situação, a sua instituição está a intensificar as acções de alocação de apoios às vítimas, em especial materiais de construção e tendas para abrigo.
Virgínia Malauene disse ainda que, neste momento, pelo menos em Murrupula e Lalaua as populações receberam ajuda das autoridades e já estão a reerguer as suas casas. Entretanto, ela indicou que o INGC ainda não recebeu o relatório sobre os danos havidos na cidade de Nampula, onde, também, houve derrocada de casas e mortes.
“O único caso de que tivemos conhecimento tem a ver com o desabamento do murro da Escola Primária Completa de Mutomote, na cidade de Nampula, que provocou seis vítimas humanas, das quais três mortes e feridos”, contou a nossa interlocutora. Refira-se que o INGC em Nampula dispõe de 13 milhões de meticais para o seu plano de contingência