O presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Davis Simango está, desde sexta-feira (31), na província de Nampula para, entre outros assuntos, avaliar o grau de preparação do partido para as eleições gerais de 15 de Outubro deste ano a nível daquele ponto o país. Sobre a decisão da Renamo em participar nas eleições gerais Simango afirmou que "o MDM tem uma estratégia montada, mesmo que venham mais de 100 mil partidos políticos a concorrer”.
Falando a jornalistas, Simango disse que o MDM entende que é a partir da sua participação nas eleições que poderá dar a almejada alternativa política aos moçambicanos, sendo que a nível interno decorre o processo de mobilização das membros e cidadãos para a sua consciencialização sobre os princípios e objectivos do partido do “Galo”.
“O MDM, sendo potencial candidato nessas eleições, é importante que se organize de forma mais correcta de modo a que não haja falhas no controlo e na mobilização da população”, considerou Simango, manifestando, veementemente, a sua preocupação em relação às abstenções.
Igualmente, o presidente do MDM disse estar preocupado com as situações de fraude que ocorreram nas autárquicas do ano passado. “E queremos discutir com os órgãos do partido localmente para ver como é que se pode neutralizar essas situações”, acrescentou.
Aquele dirigente deu a conhecer que os preparativos decorrentes no partido incluem as acções de capacitação dos membros com vista a fiscalizar o processo de recenseamento eleitoral, e disse não ter ficado satisfeito com o adiamento do do mesmo anunciado pelo Governo, que alega ter cedido a um pedido da Renamo.
Estratégias
Por outro lado, Simango esclareceu que o seu partido não dispõe de nenhuma estratégia diferente dos outros processos eleitorais, porque o MDM trabalha em função das ocorrências.
“É natural que depois das eleições autárquicas do ano passado, aprendemos muito e sabemos onde temos as nossas fraquezas e forças. Mas pretendemos limar as arestas para ter as condições criadas para, de facto, evitar falhas que possam prejudicar os interesses do partido”, disse.
“Participação da Renamo não nos incomoda”
Num outro desenvolvimento, Simango referiu que a decisão da Renamo em participar nas eleições gerais deste ano não constitui nenhum incómodo para o seu partido, porque é natural que os adversários se encarem da mesma maneira, pois são todos iguais.
Acrescentou ainda que não existem adversários “de peso”, visto que todos têm os mesmos interesses. “O MDM tem uma estratégia montada, mesmo que venham mais de 100 mil partidos políticos a concorrer”, enfatizou.
Quanto ao candidato do MDM para as presidenciais, Simango disse que se trata de uma questão que será discutida no Conselho Nacional do partido, uma reunião que se pensa que seja realizada em Março próximo.