A prorrogação do recenseamento eleitoral sugerida pela Renamo, que alega que não serão atingidas as metas até ao dia 29 de Abril “devido à paralisação propositada do processo” nas zonas onde tem aceitação por parte do eleitorado, não foi formalmente apresentada ao órgão responsável pela fiscalização dos processos eleitorais, a Comissão Nacional de Eleições.
Esta informação foi dada esta segunda-feira (21) pelo presidente da CNE, Abdul Carimo, que falava à marge da tomada de posse dos vogais da Comissão de Eleições da Província de Maputo provenientes da sociedade civil.
Entretanto, Carimo garantiu que, caso o pedido seja submetido antes do fim do processo, o órgão que dirige pode avaliar a pertinência ou não da prorrogação, sendo que “neste momento estamos preocupados em aumentar os índices de registo dos cidadãos. Este é que é o nosso grande desafio. Muitas pessoas podem recensear-se nos oito dias que faltam. Até ao momento, já atingimos 70 porcento da meta”.
Refira-se que a Renamo denunciou na semana finda a paralisação do processo nas regiões onde possui forte influência na província de Nampula, daí que entende que o processo deve ser prorrogado pois tais acções são propositadas.
O Boletim sobre o Processo Político em Moçambique, do Centro de Integridade Pública, cita Fernando Matouassanga, deputado e membro do Conselho Nacional da Renamo, a afirmar que “o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) terá recebido instruções por parte do Foverno da Frelimo para sabotar o recenseamento nas zonas de maior influência do partido de Afonso Dhlakama.
Matouassanga deu como exemplos as zonas de Jabir, no distrito de Meconta, Grácio, Inua e Namahia, no distrito e Muecate, Tapuane, no distrito de Nacarôa, Tutua e Avira, no distrito de Monapo.