O Governo da República de Moçambique, reunido na sua 13 ª sessão ordinário do Conselho de Ministros, nesta terça-feira (29), apreciou e aprovou a proposta de reajuste dos salários mínimos, que comparativamente aos dos deputados da Assembleia da República (AR) e outros dirigentes do Estado significam um insultou para quem os vai auferir. E o salário dos médicos não sofreu nenhum reajuste, mantendo-se em vigor o que foi acordado no passado entre a classe e o Governo aquando da greve que paralisou os serviços de saúde em quase todo o país por cerca de um mês.
Refira-se que os representantes do “povo” ganham, no mínimo, 68.273,50 meticais. Isto é, um pouco mais do que 27 vezes o valor pecuniário que é pago ao cidadão que menos ganha no país.
Aliás, para além das regalias a que têm direito e de salários chorudos, que contrastam com a realidade do país, os deputados da AR, passam a beneficiar de um conjunto de direitos e benesses, com destaque para o porte e uso de arma de defesa pessoal, à luz do novo Estatuto aprovado há dias pelo Parlamento.
Entretanto, de acordo com a proposta aprovada pelo Executivo de Armando Guebuza, ficou estabelecido que nos sectores da agricultura, da pecuária, da caça e silvicultura os aumentos são de 20,4 porcento, um aumento de 510,00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 3.010,00 meticais.
O sector de pesca semi-industrial o aumento é de 11.1 porcento, ou seja, mais 317,00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 3.167,00 meticais. Ainda neste sector, desta feira para pesca da kapenta o aumento é de 8 porcento, um acréscimo de 212,00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 2,857,00 meticais.
O sector da indústria de extracção de minerais para as grandes empresas o aumento é de 15 porcento, isto é, um incremento de 697, 65 meticais, passando o salário mínimo a ser de 5.350,00 meticais.
Para as pedreiras e areiros o aumento é de 11 porcento, um aumento de 428,00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 4.316,00 meticais e para as salinas foi acordado um reajuste de 3.15 porcento, um incremento de 122.47 meticais, fixando, assim, o salário mínimo em 4.010,00 meticais.
O sector da indústria transformadora o aumento é de 11. 57 porcento, um aumento de 457,00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 4.400,00 meticais. No sector da panificação o aumento é de 9.38 porcento, isto é, 300,00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 3.495,00 meticais.
Nos sector da produção e distribuição de gás, água e electricidade para grandes empresas o aumento é de 16.1 porcento, foram adicionados 661,00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 4.768,00 meticais; ainda neste sector para as pequenas empresas o aumento foi de 9,1 porcento, o correspondente a um aumento de 363, 00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 4.380, 00 meticais.
No sector da construção civil o aumento é de 13.13 porcento, ou seja, mais 458, 89 meticais, passando o salário mínimo a ser de 3.956,88 meticais. sector das actividades dos serviços não financeiros o aumento é de 10.5 porcento, um aumento de 402,00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 4.228, 00 meticais.
Nos sector das actividades dos serviços financeiros, no sub-sector de bancos e seguradoras o aumento é de 9.5 porcento, isto é, 647.68 meticais, passando o salário mínimo a ser de 7.465,00 meticais. No mesmo sector, desta feita para as micro-finanças, micro-seguros e outras actividades auxiliares de intermediação financeira o aumento é de 6.21 porcento, um acréscimo de 423, 68 meticais, passando o salário mínimo a ser de 7.241, 00 meticais.
E o sector da administração pública, defesa e segurança o aumento é de 8 porcento, ou seja, mais 240, 00 meticais, passando o salário mínimo a ser de 3.002, 40 meticais.