O Hospital Geral de Marrere (HGM) na província de Nampula, uma das mais antigas unidades sanitárias da capital da região norte de Moçambique, está a ruir aos poucos e não tem medicamentos suficientes para os doentes, mormente para os que padecem de tuberculose e HIV/SIDA.
A unidade sanitária em causa localiza-se a cerca de 15 quilómetros da cidade de Nampula. Nas instalações onde funciona o saneamento do meio é deplorável, a pintura está velha, sobretudo na parte exterior; as rachas das paredes aumentam a cada dia que passa, os vidros das janelas estão quebrados e o tecto está a desabar.
Para além deste aspecto que desvirtua a função do hospital em alusão, não existe morgue, os departamentos reservados a consultas são insuficientes, o aparelho de radiologia está em precárias condições de conservação e funciona com problemas, dentre outras anomalias que ocorrem no local.
O Hospital Geral de Marrere está sob gestão do governo de Nampula, mas perante a sua incapacidade de prover meios para o seu funcionamento condigno, no passado, o arcebispado de Nampula montou um tanque de água, reabilitou a lavandaria e o refeitório, por exemplo, o que minimizou o sofrimento os utentes e dos técnicos de saúde naquele afectos.
A par do que acontece noutras regiões moçambicanas, naquela unidade sanitária há poucas para a demanda dos enfermos; há 112 leitos, contra 300 que são necessárias. Aliás, a estrada de terra batida que dá acesso àquele hospital encontra-se degradada, o que impede que os doentes transferidos do Hospital Central de Nampula cheguem a tempo.
Paula Rafael, directora do HGM, reconheceu a existência dos problemas acima referidos e disse que são do conhecimento dos Serviços de Saúde da Mulher e Accção Social em Nampula. Entretanto, ainda não há acções para se ultrapassar a situação.
No tange à reabilitação do edifício, a nossa entrevistada disse que havia um plano para o efeito e que previa a sua ampliação por parte da Direcção Provincial da Saúde, em coordenação com alguns parceiros, mas já não se fala sobre o assunto. Em contacto com o @Verdade, alguns familiares dos doentes internados naquele hospital não esconderam a sua insatisfação em relação a dificuldades acima expostas.