As províncias do Niassa, de Nampula, de Cabo Delgado, da Zambézia, Gaza e Maputo já estão livres das minas anti-pessoais, mas as províncias de Tete, Manica, Sofala (Mossurize, Cheringoma e Chibabava) Inhambane continuam minadas, devendo estarem livres até Dezembro próximo.
Alberto Augusto, director do Instituto Nacional de Desminagem (INDE), disse, esta terça-feira (17), em Maputo, que dos 128 distritos, 114 encontram-se livre de minas e 14 e a zona onde estão instaladas as torres de energia eléctrica da Beira I e II, a fronteira entre Moçambique e Zimbabwe e as torres se alta tensão de energia de Mavuzi/Nhamatanda são alguns locais onde o processo de desminagem continua complicado.
Ao todo devem ser desminadas 303 áreas perigosas, o que corresponde a quatro milhões de metro quadrados de terra. Com a conclusão deste processo, Moçambique será declarado livre das minas anti-pessoais.
Neste momento a desminagem decorre nos distritos de Homoine e Massinga, na província de Inhambane, e em algumas regiões de Tete, segundo Alberto Augusto, que falava na formação de jornalistas em matérias de reportagens sobre desminagem, em preparação da terceira Conferência de Revisão do Tratado de Ottawa, a realizar-se entre 23 e 27 do mês em curso no país.
Desde que o processo de desminagem iniciou, em 1993, foram abrangidos 13.565.241 milhões de metros quadrados, tendo sido destruídas 45.591 minas terrestres, 4.688 engenhos não explodidos (desactivados mas não detonados) e 82.973 munições de pequeno calibre.
Durante esse processo foram registados, entre 2008 e 2014, 52 acidentes provocados pela explosão de minas, que originam 116 vítimas, dos quais 45 óbitos e 71 feridos entre graves e ligeiros, envolvendo sapadores e cidadãos.