Face ao impasse que se regista no diálogo político entre o Governo e a Renamo com vista a pôr fim à tensão que se vive em Moçambique desde Outubro do ano passado, mormente na zona centro, Alice Mabota, presidente da Liga do Direitos Humanos (LDH), advoga que é necessária a intervenção da comunidade internacional para mediar o conflito e, quiçá, acabar com crise de modo a devolver a paz ao povo.
"Achamos que a comunidade internacional tem um papel a desempenhar na busca de uma solução para as hostilidades entre o Governo e a Renamo. A comunidade internacional tem por hábito intervir quando já é tarde", disse Alice Mabota, depois de um encontro com uma delegação da Renamo, em Maputo, no qual as partes falaram sobre o ambiente de cortar à faca que se vive no país.
Para Mabota, ainda é possível intervir e evitar uma situação mais grave. A LDH não tem dados sobre a situação no terreno, mas está preocupada com as mortes, tanto de civis como de militares que são relatadas diariamente.
“O Governo tem de parar de enviar forças para a Gorongosa e a Renamo tem de parar os ataques”.
Saimone Macuiane, o chefe da delegação da Renamo no diálogo político com o Executivo, insistiu na paridade nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique como uma das saídas para a paz.
"Queremos uma solução pacífica e duradoira, mas isso passa pela unificação das Forças de Defesa e Segurança, que garantam que todos se sintam seguros".