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Crise de água acentua-se na Ilha de Moçambique

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Centenas de famílias da Ilha de Moçambique, na província de Nampula, estão mergulhadas numa crise de água potável que se agrava a cada dia que passa. A incapacidade do governo local em resolver o problema é de tal sorte que responsabiliza a empresa China Jiangxi Corporation for International Economic & Technical Cooperation de estar a atrasar a reabilitação de um sistema de abastecimento do preciso líquido.

No ano passado, aquela firma ganhou um concurso público para a reabilitação do referido sistema, cuja obras, financiadas pelo Governo australiano em parceria com o Banco Mundial, estão avaliadas em mais de 133 milhões de meticais. As mesmas deviam ter sido concluídas em Abril último mas o empreiteiro fixou novos prazos, prometendo entregar o projecto em meados de Agosto próximo.

Mário Morais, chefe de fiscalização do projecto, reconheceu o atraso na execução das obras, mas justificou que tal situação se deve ao facto de o empreiteiro ter contratado trabalhadores inexperientes para uma obra de grande envergadura.

E, para além da falta de capacidade técnica, a empresa sempre importou material de baixo custou e sem o menino de qualidade. “A empresa usava um tipo de material que não podia ser aprovado e nós como equipa de fiscalização estamos a trabalhar para que o sistema seja duradouro”, observou Mário Morais.

De referir que o projecto de reabilitação e ampliação do sistema de água à cidade da Ilha de Moçambique (numa extensão de 40 quilómetros) vai beneficiar cerca de 54 mil habitantes.


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