As delegações da Renamo e do Governo, em diálogo politico, revelaram, no fim de mais uma ronda, esta sexta-feira (18), ter havido “avanços não conclusivos” na mesa das negociações, contudo excusaram-se de apresentar os pontos de convergência, prometendo que o fariam na próxima ronda (65).
As duas equipas deixaram transparecer que, até a próxima ronda, poderá haver progressos que possam travar o actual conflito politico e militar no pais e cogitam a possibilidade de se reunirem ainda este fim de senama de modo a acelerar o processo.
“A Renamo apresentou, hoje(sexta-feira 18), propostas que são um ponto de partida para a remoção daquilo que eram as nossas diferenças”, disse o ministro de Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, subchefe da delegação governamental.
Destacou ainda que tais propostas, que ainda serão estudadas do ponto de vista constitucional, serão “a base de uma discussão mais profícua” nos próximos encontros. “Podemos dizer que tivemos hoje uma boa sessão de diálogo”, apontou.
Muthisse assegurou que o ponto novo trazido nesta ronda, “se aprofundado pode gerar fumo branco capaz de conduzir as partes a um entendimento quanto às modalidades de constituição da Renamo como um partido político normal e eventualmente o regresso do seu líder para a política activa” e esclareceu que a Renamo não abdicou dos pontos que os divergem.
Por sua vez, na sua intervençao, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, destacou o facto de nessa ronda ter havido “avanços, ainda não conclusivos”. “Esperamos que nas próximas rondas possamos concluir aquilo que é fundamental para podermos trazer a tranquilidade ao nosso povo e a todos nós”, disse Macuiane.
O Governo e a Renamo tem mostrado divergências nas questões inerentes à reunificação e paridade no exército e na retirada das Forças de Defesa e Segurança que se encontram na região da Gorongosa.