Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
Os mamparras desta semana são os gestores de topo da Moçambique Celular (Mcel), a empresa de telefonia móvel de bandeira que, a propósito de um concurso, tem estado a “agredir” os seus clientes do serviço pré-pago, com mensagens quase que forçosas para que estes adiram ao mesmo.
Ninguém, em nenhuma parte do mundo, é obrigado a aderir ao concurso. Mas a Mcel está praticamente a obrigar os seus clientes do “giro” a participarem no mesmo!!!
Estou incrédulo e a minha carapinha treme nos alicerces!!!
Vários clientes têm protestado junto dos serviços da linha do cliente para que a operadora deixe de violentar as suas caixas de mensagens. Mas lá está: as justificações são de que a empresa não dispõe de mecanismos para travar o envio automático das mesmas.
É possível que isso aconteça em pleno século XXI? ‘FALAR ME DEIXA FELIZ...HELÊLÊLÊ!’
É o cúmulo da arrogância a passear, sem freios, a sua classe.
E porque é que toda esta mamparrice dos gestores de topo da Mcel acontece aos olhos dos seus clientes, quais cobardes?
Acontece porque os gestores da Mcel andam descansados com a inoperância da Associação da Defesa dos Consumidores (ADECOM), que há muito se mantém impávida e serena, perante os abusos de que nós os consumidores temos sido vítimas, num silêncio cobarde.
Os gestores de topo da Mcel devem saber que os clientes, quais cobardes, têm estado a reclamar dos serviços da operadora no que tange à comunicação que é o principal objecto social da mesma.
Há dias em que conseguir fazer uma chamada nesta rede, se pode comparar com um milagre, do tipo aquele de Cristo transformar a água em vinho.
Que tipo de brincadeiras são estas, afinal? Que obrigação é esta que os gestores da Mcel andam a impingir aos seus clientes?
Dos gestores do topo da operadora de cor amarela os clientes esperam melhores serviços e não os seus sorrisos quando a rede está um autêntico caos.
Dos gestores do topo da Mcel os clientes esperam que eles, para além de andarem de “evento” em “evento” com direito a fotografias nas revistas cor-de-rosa, prestem serviços dignos dos seus impostos que um dia criaram a empresa de capitais públicos. Dos gestores do topo da companhia de bandeira os clientes esperam que eles tirem as bundas das poltronas e se ponham a trabalhar.
Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparrices. Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!