Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
Os mamparras desta semana são os irmãos Daviz e Lutero Simango, destacados líderes do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) de onde começam a vir à superfície as práticas de tribalismo no processo de selecção de membros de listas a deputados nas próximas eleições gerais e multipartidárias de 15 de Outubro.
Criado há cerca de seis anos, o MDM emergiu quase que dos escombros do que resta da Renamo, quando um grupo de ex-militantes daquele partido assumiu como utopia o quebrar do cenário bipolarizado (entre a Frelimo e a Renamo) com uma proposta aliciante: Moçambique para todos.
Os relatos pungentes que nos acabam de chegar de Nampula, o maior círculo eleitoral do país, demostram claramente que a aliciante proposta do partido que tem no leme os irmãos Simango é outra: Moçambique para eles e seus próximos...
Moçambique para todos é apenas um dogma. No papel.
Numa debandada sem igual, centenas de membros daquela organização que marcou significativos passos com a vitória em quatro municípios nas últimas eleições denunciaram em público as práticas de tribalismo no processo de nomeação de membros de lista, pelo maior círculo eleitoral do país!
A denúncia é, e foi extensiva aos irmãos Simango, de cidadãos praticamente nascidos no ventre na política nacional.
Deles se espera(va) o combate a, tais, práticas de escolhas na base em afinidades tribais.
O MDM carrega(va) uma utopia que arrasta(va) uma franja de (des)crentes de que um Moçambique podia ser de facto “para todos”, sem os actuais detentores do poder.
Mas Daviz e Lutero acabam de confirmar na praça pública que eles são exactamente iguais àqueles que eles dizem querer substituir, caso vençam o pleito de Outubro, transformando o partido, como está a ser denunciado, numa ‘clique’ de amigos e familiares!
É o cúmulo da arrogância a passear, sem freios, a sua classe.
E porque é que toda a mamparrice da parte dos mentores do MDM acontece?
Acontece porque os irmãos Simango querem reproduzir as práticas existentes no partido o qual o pai deles (Uria Simango) foi fundador e ousou denunciar num documento esses factos retrógrados. Davis e Lutero não estão a honrar condignamente essa causa. Pelo contrário, estão a reproduzi-la.
Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparrices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!