Quando faltam 14 dias para as Eleições Gerais em Moçambique foi enfim formalizada, nesta quarta-feira(01) a Equipa Militar de Observadores Internacionais da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM) que vai fiscalizar o processo de desmilitarização do maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, e a integração dos seus homens residuais nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique e na Polícia da República de Moçambique, bem como de inserção social e económica daqueles que não possuírem aptidões físicas.
Tomaram parte na cerimónia, realizada em Maputo, apenas parte dos 23 observadores internacionais que devem fazer parte da EMOCHM pois os observadores dos Estados Unidos da América, Itália, Inglaterra, Portugal e Quénia ainda não chegaram ao nosso país.
O acto formal foi marcado pela transferência dos termos de referência com o âmbito da missão entregue ao Brigadeiro Tserego Tseretse, Chefe da Missão oriundo do Botswana, pelo chefe da delegação do Governo nas negociações com o partido Renamo, José Pacheco.
“O dia de hoje marca o início de um outro capítulo na História deste país (...) como observadores, vamos manter o esforço de observação e supervisão dos acordos e das fases subsequentes” começou por afirmar o Chefe da EMOCHM que assegurou que a Missão vai garantir o cumprimento efectivo da missão e as tarefas a ela incumbidas. Contudo chamou atenção que, “para a missão ter sucesso é preciso que os documentos assinados pelas partes sejam postos à disposição”.
A EMOCHN, que deverá ser composta por 93 membros dos quais 70 são oficiais moçambicanos do Governo e do partido de Afonso Dhlakama, tem 10 dias para iniciar as suas actividades e 135 dias (prorrogáveis) fazer realizar a sua Missão.
Refira-se que não é público o futuro da guarda pessoal do líder do partido Renamo que continua na posse das suas armas e acompanha-o durante a campanha eleitoral.