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Mais de 300 raparigas desistiram da escola em Pebane

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No distrito de Pebane, na província da Zambézia, 314 raparigas de diferentes subsistemas de ensino abandonaram a instrução devido à gravidez precoce, a casamentos prematuros e à pobreza, no segundo trimestre do presente ano lectivo.

Para inverter este cenário que está a afectar negativamente no sistema de ensino local, ASSODELI, uma organização não-governamental que trabalha na área de promoção dos direitos das crianças no distrito de Pebane, está desde Março do ano em curso a criar núcleos de sensibilização para reter as meninas no banco da escola. A medida inclui campanhas de educação sexual e aconselhamento para que o grupo alvo evite casamentos prematuros.

As actividades já abrangeram cerca de 500 alunos com idades compreendidas entre 10 a 16 anos, que frequentam de 3ª a 7ª classes, em 10 instituições de ensino, nomeadamente de Mulai, Magiga, Mutacane, Nicadine, Murateia, Namalungo, 12 de Outubro, Mpaca, Alto Cone e Baixo Cone.

O coordenador da ASSODELI em Pebane, Silvério Mahia, disse que mais núcleos deverão entrar em funcionamento nos próximos tempos, uma vez que nas escolas onde se está a implementar o programa em alusão as desistências tendem a diminuir consideravelmente.

De acordo com Silvério Mahia, algumas alunas cujos pais e encarregados de educação não dispõem de meios financeiros recebem material didático e desportivo, sobretudo as raparigas que integram os núcleos de forma voluntária.

Este ano, a ASSODELI ofereceu 150 carteiras duplas a escolas de Namulungo e Murateia com vista a reter as crianças, pois a insuficiência de mobiliário escolar é um outro factor que leva maior parte dos alunos daquele ponto da província da Zambézia a abandonar a instrução.


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