A Equipa Militar de Observadores Internacionais da Cessação das Hostilidades Militares (EMOCHM) em Moçambique, formalizada há 27 dias, continua incompleta. Ainda não estão no nosso país os dois Observadores Militares que devem vir dos Estados Unidos das América e outros dois que devem vir da Grã-Bretanha o que está a contribuir para o atraso no início da missão, que deveria ter iniciado no dia 11 de Outubro, e que deve culminar com a desmilitarização do partido Renamo.
Este atraso, e a falta de uma satisfação por parte desses países, não agrada ao Governo nem ao partido Renamo que manifestaram o seu descontentamento após a 82ª ronda de diálogo político realizada nesta segunda-feira(27) na cidade de Maputo.
Esta Equipa Militar deve ser composta por 23 Observadores Estrangeiros - três da África do Sul, três do Botswana, dois de Cano Verde, três do Quénia, três do Zimbabwe, três da Itália, dois de Portugal, dois da Grã-Bretanha e dois dos Estados Unidos da América - mais 70 são Observadores moçambicanos em representação do Governo e do partido Renamo.
“Temos um défice de direcção no sub-comando de Sofala, que está sob responsabilidade do Reino Unido, cujo coronel ainda não chegou, estamos a fazer diligências para que o coronel chegue e se não chegar também já temos um plano B para os trabalhos correrem normalmente e garantir que até dia 2 (de Novembro) Sofala tenha um comando” afirmou o chefe da delegação governamental, José Pacheco.
A EMOCHM tem a missão de fiscalizar o processo de desmilitarização do maior partido da oposição em Moçambique, a Renamo, e a integração dos seus homens residuais nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique e na Polícia da República de Moçambique, bem como de inserção social e económica daqueles que não possuírem aptidões físicas.