O músico e actor de teatro moçambicano, Dadivo José – que possui mais de 20 anos de carreira artística – realiza na noite desta Sábado, 6 de Abril, o seu terceiro concerto musical. O evento terá lugar no Café & Bar Gil Vicente, em Maputo.
Na área musical, o artista, que é mais conhecido como actor, realizou o primeiro concerto em 2011. O show será uma ocasião para o cantor partilhar com o público algumas criações que irão constituir o seu primeiro trabalho discográfico. Com uma banda constituída por cinco instrumentistas, Dadivo José espera que o espectáculo seja um ponto de partida para outros a serem realizados em 2013.
Quem é Dadivo José
Dadivo José começou a fazer teatro em 21 de Março de 1992. Na altura, ele pouco percebia de artes dramáticas – algo que se tornou a sua actividade profissional.
A sua sorte é que a sua relação com o teatro começou no Grupo Cultural Voz Verde, uma colectividade que desenvolvia várias actividades artístico-culturais, incluindo o canto, a dança e a música.
O multifacetado artista apaixonou-se pelo teatro e é disso que, nos dias que correm, em parte vive. Ou seja, o artista é docente na Escola de Comunicação e Arte, onde forma actores. Fundou a grupo cultural Mahamba e, ao longo de mais de duas décadas, colaborou com vários grupos culturais como, por exemplo, o Mutumbela Gogo, o Mbeu, o Luarte, o Xindiro, o Ntiyiso, o Ximbitana, o GTO, a Casa Velha, entre outros. É essa relação que possibilitou ao artista desenvolver várias habilidades artísticas, uma das quais o canto.
“Não gosto de ofender os músicos, por isso não me considero músico. De uma ou de outra forma, na Sexta-feira, Às 22 horas, no Gil Vicente, estarei a partilhar com o público o que de música tenho feito ao longo dos anos em silêncio”, refere.
Dadivo José gravou um disco que, por causa do seu respeito, pelos músicos – como refere – receia publicar. Uma boa parte dos temas que compõem a obra será partilhada nesse espectáculo.
Outro aspecto é que, nas suas obras, Dadivo José canta sobre a morte. É a par disso que comenta que “a morte faz parte de um ciclo da vida. Na filosofia africana ela não é o fim, porque voltamos a nascer, dando os nossos nomes aos nossos descendentes”.