O Conselho Municipal de Maputo diz que lamenta a morte de quatro jovens por afogamento, no mesmo dia na semana passada, na Praia da Costa do Sol, e declara que não é sua competência investigar as causas do desaparecimento físico das vítimas, mas, sim, da Polícia de Investigação Criminal (PIC) e de outras instituições que já estão a trabalhar para o efeito.
Na verdade, houve mais de quatro mortes e vários afogamentos seguidos naquela praia. Raimundo Chambe, director do Gabinete Jurídico na edilidade, disse que nos sítios onde se está a extrair areia para as obras de reabilitação da Avenida Marginal há placas de proibição de aproximação do local e entrada ao mar, mas têm sido removidas ou vandalizadas por pessoas de má-fé e de conduta duvidosa, o que periga a vida de gente que frequenta a Paria da Costa do Sol.
José Mandlate, comandante da Polícia Costeira, que falava esta sexta-feira (28), na capital moçambicana, numa conferência de imprensa convocada para o esclarecimento do incidente, disse que uma dos quatro jovens mortas foi resgatada do mar pela Polícia da República de Moçambique (PRM), que se encontrava nas imediações a fazer o seu habitual trabalho, e os outros pelo Serviço Nacional de Salvação Pública (SENSAP). A jovem em causa foi resgata com vida mas, infelizmente, viria a morrer.
José Mandlate disse ainda que se tem constatado que nas praias da Costa do Sol e da Catembe, há gente que se faz ao mar depois de consumir bebidas álcool, para além de não saber nadar, o que precipita a sua morte. Ele apelou aos banhistas para não tentarem mergulhar sob o efeito de álcool e deve-se sempre recorrer aos agentes de salvação pública e à Polícia.