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Doentes seropositivos abandonam tratamento por mau atendimento em Nampula

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Pelo menos 100 moçambicanos portadores do vírus VIH abandonaram o Tratamento Anti-Retroviral (TARV), durante os primeiros nove meses do ano em curso, nas unidades sanitárias dos postos administrativos de Napipine e Namicopo, os mais populosos do município de Nampula, por alegado mau atendimento.

Tal situação consiste em parte na morosidade protagonizada pelos profissionais de saúde em quase todas as unidades sanitárias de Nampula, segundo Sílvio Saíde, presidente da Nivenyee, uma organização que trabalha em prol do combate ao VIH/Sida na província de Nampula.

De acordo com ele, há também relato de casos relacionados com a falta de respeito para com os pacientes e não disponibilização de informações de que os doentes necessitam para continuar a terapia e seguir bons hábitos de vida com vida a ter saúde de qualidade.

Outros enfermos queixam-se da falta de alimentação, de longas distâncias entre as suas casas e as unidades sanitárias. Sem se referir a dados, o nosso interlocutor disse que comparativamente ao ano passado houve aumento de casos de abandono, facto que está a deixar agastada a sua agremiação.

Para inverter o problema, decorrem, em todas as comunidades, campanhas de sensibilização para que os doentes façam o TARV. “Queremos apelar aos doentes de SIDA para afluam às unidades sanitárias para o tratamento e as outras pessoas para a testagem voluntária de modo a saberem do seu estado serológico para uma melhor prevenção”, exortou Saíde.

Refira-se que a nível da cidade de Nampula, segundo o sector de saúde, pouco mais de 36 mil pessoas estão infectadas pelo vírus de VIH/SIDA. Deste grupo, apenas 14 mil é que estão a beneficiar do TARV.


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