Um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM), que responde pelo nome de José Salvador Jamaio, é acusado de porte de uma arma de fogo ilegal com a qual protagonizava assaltos na província de Maputo.
Segundo as autoridades policiais, numa das suas incursões, o visado perpetrou um assalto numa residência no bairro de Khongolote, no município da Matola, entre 24 e 30 de Novembro último, onde se apoderou de 57 mil meticais e bens não especificados. Foram as vítimas que informaram à Polícia sobre a ocorrência, o que culminou com a detenção do suposto criminoso. Não se sabe ainda a quem pertence a arma usada no acto nem a sua origem.
Entretanto, o tribunal emitiu uma ordem para que José Jamaio fosse restituído à liberdade por falta de provas de que ele cometeu o delito de que é acusado. Emídio Mabunda, porta-voz da PRM na província de Maputo, disse que a Polícia não interfere nas decisões das autoridades judiciais, mas os agentes da Lei e Ordem mantêm a sua acusação sobre o indivíduo.
Aliás, Emídio Mabunda disse que a Polícia descobriu que o visado tem vários processos-crime. De acordo com ele, José Jamaio está envolvido num esquema de facilitação de entrada de cidadãos de nacionalidade etíope em Moçambique e do seu encaminhamento para os seus destinos a partir do Aeroporto Internacional de Mavalane.
Mabunda acredita que se trata de tráfico de seres humanos porque o seu colega foi encontrado na posse de três passaportes supostamente emitidos na Etiópia e um cartão falso da Policia de Investigação Criminal (PIC) a nível da cidade de Maputo.