O Presidente Armando Guebuza exigiu neste Domingo (7) à Renamo que "pare com atos de intimidação" e que "conviva normalmente na sociedade", numa reação à recente onda de violência que assola o centro de Moçambique, atribuída ao maior partido da oposição.
"Esperamos uma retribuição por parte da Renamo, isto é, que a Renamo pare com a linguagem belicista, que pare com atos de intimidação e que passe a conviver normalmente na sociedade moçambicana, obedecendo às normas que ela própria aprovou", disse Guebuza, falando em Maputo, por ocasião das cerimónias do Dia da Mulher Moçambicana.
"Dialogar não é dar ordens"
Na ocasião, o Presidente da República disse não constituírem verdade as alegadas acusações da Renamo, segundo as quais o Governo não se tem mostrado aberto para o diálogo. Guebuza afirmou que o Governo desde sempre mostrou disponibilidade para dialogar com a Renamo, entretanto, não pode tolerar os moldes em que o partido da Perdiz pretende que seja feito esse diálogo. É que, no seu entender, o que a Renamo pretende é dar ordens ao Governo, facto que Guebuza recusa veementemente.
“Eles (os da Renamo) querem dar ordens e o Governo obedecer, mas diálogo não é isso. O diálogo é troca de impressões, opiniões, podendo, ou não, se chegar a um consenso,” disse Guebuza, asseverando de forma peremptória que “diálogo não é dar ordens ao outro”.
Ainda na senda dos últimos ataques protagonizados pelos supostos homens da Renamo, o Presidente Guebuza entende que estes resultam do facto de tais homens terem ignorado os seus apelos, optando desta feita, pela violência. Guebuza aventa a possibilidade de os últimos ataques de Renamo terem acontecidos somente porque este ainda não conseguiu controlar a situação.