Mais de 100 hectares de mangal foram plantados, nos últimos quatro anos, em Moma, sul da província de Nampula, no quadro da protecção da biodiversidade marinha e costeira.
De acordo com Araújo Chale Momade, administrador daquele distrito, a acção visa, igualmente, garantir o fomento de algumas espécies marinhas, actualmente sob forte ameaça de extinção.
Segundo aquele dirigente, no quadro do referido projecto, foram construídos dois santuários para a conservação das espécies marinhas nos povoados de Corrane e Tapua, cobrindo um total de 11 comunidades.
A sede da localidade de Jacoma, localizada a menos de 20 quilómetros da vila de Moma, constitui um exemplo de ordenamento territorial e de disseminação das boas práticas ambientais.
Araújo disse que a população participa activamente, não só através do seu engajamento directo na urbanização das unidades comunais como na cedência de espaços para a abertura de vias de acesso, sem exigir qualquer tipo de compensação.
O governo do distrito de Moma tem vindo a notabilizar-se nos últimos anos no que tange à protecção dos recursos naturais e ao ordenamento dos assentamentos populacionais, tendo recebido nos finais do ano passado um prémio, por parte do Ministério para Coordenação da Acção Ambiental.
Fonseca Manuel Etide, director provincial da Justiça, que procedeu à entrega do prémio, em representação do governo da província, disse que o mesmo surge em reconhecimento dos esforços empreendidos pelo executivo de Moma, visando dar resposta aos inúmeros problemas ambientais resultantes dos fenómenos naturais e da acção antropogénica que, em simbiose, aceleram a degradação dos ecossistemas e dos recursos naturais naquela região.
Além do governo do distrito de Moma, foi distinguido o Instituto de Comunicação Social (ICS) com o prémio de melhor educador ambiental, na província de Nampula.