A Polícia da República de Moçambique (PRM) em Nampula está no encalço de um grupo de membros do partido Renamo, indiciados de incitação à violência, através de comícios que têm vindo a promover um pouco por todos os bairros daquele ponto do país, como forma de protestar contra os resultados eleitorais validados pelo Conselho Constitucional (CC), no dia 30 de Dezembro último.
De acordo com Abel Nuro, comandante provincial da PRM em Nampula, os comícios que a Renamo tem vindo a promover são ilegais, uma vez que não têm tido o aval da corporação. “Nós apercebemo-nos de que a mensagem chave dos membros da Renamo é a da incitação à violência, e nós temos a obrigação de manter a ordem e a tranquilidade, razão pela qual desencorajamos este tipo de comportamento”, disse.
Nuro escusou-se a revelar os nomes dos membros envolvidos no processo, tendo prometido que a breve trecho os mesmos serão conhecidos quando estiverem nas mãos da Polícia.
O comandante provincial da PRM em Nampula afirmou ainda que os membros do partido de Afonso Dhlakama serão detidos e já foram emitidos os respectivos mandados de busca e captura.
O último encontro popular promovido pela Renamo teve lugar no passado dia 04 de Janeiro em curso, no populoso bairro de Carrupeia, arredores da cidade de Nampula. O mesmo foi orientado por Ainca Muquissirima, chefe de mobilização.
Por seu turno, o delegado político provincial da “Perdiz” em Nampula, Benjamim Cortez, disse que foi notificado para prestar declarações à Polícia de Investigação Criminal (PIC), na passada sexta-feira, onde se procurou saber do domicílio do chefe nacional de mobilização da Renamo e outros membros que têm vindo a encabeçar a lista dos organizadores dos comícios.
Cortez entende que a acção levada a cabo pela Polícia não passa de intimidação para impedir a livre realização de trabalhos políticos plasmados na Constituição da República.