De acordo com um grupo de pais e encarregados de educação ouvidos pelo @Verdade, a situação vem-se registando há bastante tempo e tem vindo a agravar-se com a nova direcção da escola.
Os nossos entrevistados, que não quiseram ser identificados, afirmaram que a direcção daquela instituição de ensino tem “inventado” contribuições desnecessárias, para a construção de salas de aulas, a manutenção de diversos equipamentos electrónicos (impressora, computador e outros), e o pagamento de vigilantes do estabelecimento.
Segundo os nossos interlocutores, para a aquisição de documentos, dentre eles declarações e certificados, os pais e ou encarregados de educação são obrigados a pagar uma taxa que varia de 50 a 100 meticais.
“O que nos inquieta é o facto de a direcção da escola não justificar a aplicação das receitas provenientes das nossas contribuições”, disse um dos encarregados de educação, tendo acrescentado o seguinte: “Sou encarregado de dois alunos e não tem sido fácil gerir os seus estudos. Afinal, a escola é pública ou privada?”, questionou.
Direcção responsabiliza Conselho de Escola
Pedro Magalhães, director da Escola Primária de Muthita, desdramatizou as acusações dos pais e ou encarregados de educação, tendo afirmado que nunca ordenou quaisquer tipos de cobranças ilícitas naquele estabelecimento de ensino.
“A escola cobra apenas uma taxa de 10 meticais para o levantamento de declarações e o dinheiro serve, muitas vezes, para a manutenção dos nossos equipamentos, em caso de avarias, e para fazer face a outras necessidades internas”, disse o director.
Magalhães referiu que a responsabilidade pelos valores que os queixosos alegam ser obrigados a desembolsar é do Conselho da Escola.
“As contribuições para a construção de algumas salas de aulas são uma decisão do Conselho de Escola e em concordância com todos os pais e ou encarregados de educação”, afirmou e acrescentou que os lesados são pessoas desinformadas, uma vez que não participam nas reuniões daquele organismo.