A selecção nacional de vela na classe Optmist intensifica a sua preparação para o Campeonato Mundial da modalidade, que será realizado em Oman entre os dias 18 e 25 de Janeiro corrente. Para este certame, o combinado nacional almeja ocupar os dez primeiros lugares.
Depois de se sagrar campeão africano da modalidade no passado mês de Outubro, em prova realizada na cidade marroquina de Agadir, Moçambique foi convidado a fazer parte do Campeonato Mundial destinado aos melhores velejadores de cada continente e participará na condição de estreante, representando África. Nesta competição a “Pérola do Indico” será levará os atletas do Clube Marítimo de Maputo, nomeadamente: Deisy Nhaquila e Diogo Sanchez, que foram preponderantes para a conquista do título africano.
De acordo com Hélio da Rosa, secretário-geral da Federação Moçambicana de Vela e Canoagem, Moçambique vai para esta competição com o propósito de se classificar entre os 10 primeiros classificados, apesar de estar ciente das dificuldades que os velejadores nacionais vão enfrentar naquele país da Arábia. “Os atletas estiveram a treinar mesmo durante o período de férias e só tiveram uma paragem na quadra festiva.
Mas dentro de dias faremos a abertura oficial da época”, disse da Rosa para depois acrescentar que “durante o mês de Dezembro os dois atletas, Neydi e Diogo, participaram numa regata na África do Sul relacionada com o campeonato local e portaram-se bem. Esta prova serviu de antecâmara para este “Mundial” em que o nosso objectivo passa por ocupar as primeiras dez posições, uma vez que não podemos exigir nada a esses atletas sendo a primeira vez que participam num evento de género”.
Aquele dirigente declarou ainda que para a competição, que terá lugar em Oman, e também servirá de preparação para o Campeonato Mundial de Vela que vai decorrer na Polónia no segundo semestre do ano em curso, a ida do treinador César Sanchez e dos dois atletas ainda está em dúvida.
“O país organizador predispôs-se apenas a custear as despesas dos velejadores, uma vez que o pacote não inclui o treinador. Neste momento estamos à procura de apoios para que o treinador possa viajar com os atletas porque será difícil para os nossos desportistas competirem na sua ausência” Por seu turno, o seleccionador nacional, César Sanchez, declarou que “os dois atletas estão, minimamente, preparados para lutar pelos primeiros dez lugares, visto que no ano passado se esforçaram bastante”.
Velejadores querem honrar as cores da bandeira nacional
Os dois atletas incumbidos de representar Moçambique e o continente africano naquela prova internacional em que participam os melhores de cada continente, prometem lutar para dignificar as cores da bandeira nacional. A campeã africana, Deysi Nhaquila, mostrou-se confiante num bom desempenho na competição que vai ser realizada na Arábia.
“Estou preparada para esta prova. Eu e o meu colega temos estado a treinar bastante com vista a termos uma boa prestação. O meu objectivo passa por ocupar os dez primeiros lugares e estou convicta de que irei consegui-lo. Da mesma forma que conquistei o “Africano”, acho posso ganhar o “Mundial” também”. Diogo Sanchez declarou que vai lutar para ficar no topo do mundo no que diz respeito à modalidade de vela.
“Prometo dar o meu melhor nesta prova. Eu gostaria de ficar entre os melhores do mundo, pois quero dignificar a bandeira nacional. Treino arduamente todos os dias para ver se consigo alcançar resultados que me orgulhem e que, acima de tudo, orgulhem o país que me viu nascer. Sinto-me deveras valorizado por participar num “Mundial”, e neste certame vou concretizar o sonho que tinha desde que abracei a modalidade”.
De lembrar que Moçambique é o actual campeão africano de vela na classe Optmist e, por via disso, os velejadores nacionais têm um lugar cativo no próximo Campeonato Mundial da modalidade que será realizado na Polónia.