Afonso Dhlakama, líder do maior partido da oposição em Moçambique, assegurou aos mediadores Padre Couto e Dom Dinis Singulane, na quinta-feira (22), num encontro mantido em Quelimane, que a Renamo não vai mover nenhuma acção que possa levar novamente à guerra.
Todavia, ele exige um encontro com o Executivo para discutir assuntos relacionados com a administração do país, que na sua opinião está a ser dirigido por um Governo que não venceu as eleições de Outubro último.
Numa altura em que o diálogo político entre o Governo e Renamo, marcado por impasses sucessivos nas últimas rondas, está parado, Dhlakama considera que o acordo rubricado a 05 de Setembro passado está a ser infringido, visto que até aqui nada do que prevê se implementa.
Entretanto, enquanto a Renamo endurece a suas reclamações que têm sido ignoradas pelo Executivo, o Presidente da República, Filipe Nyusi – com quem Dhlakama deseja ter um frente a frente para debater a formação o alegado “governo de gestão” – já constituiu e empossou a sua máquina administrativa.