Em partida da primeira eliminatória de acesso aos Jogos Africanos a serem realizados em Congo Brazzaville e Jogos Olímpicos, Rio de Janeiro 2016, a selecção nacional de futebol na categoria de sub-23 empatou sem abertura de contagem diante da sua congénere do Uganda e deixou em aberto a transição para a próxima ronda.
Jogando em casa, a equipa de João Chissano logo que soou o apito do árbitro pegou nas rédeas do jogo, face a uma formação do Uganda que nos primeiros instantes baixou as suas linhas com o intuito de explorar as jogadas rápidas. Mas nos primeiros 10 minutos não criou nenhuma oportunidade de golo.
O conjunto moçambicano foi o primeiro a lograr lances de perigo. À passagem do minuto 12, na sequência de um livre a castigar uma falta de Ocho Brian sobre Faizal Bangal, Clésio, o capitão dos “Mambinhas”, rematou em arco para uma defesa segura de Rachide.
Três minutos depois surgiria a resposta dos forasteiros. Kizito bombeou a bola para a grande área moçambicana, Hermínio e Edson atrapalham-se com a bola e esta sobra para Kadafi que, sem marcação, cabeceou mas o esférico passou por cima da barra transversal da baliza à guarda de César.
À entrada do segundo quarto de hora a falta de ritmo prejudicou sobremaneira o combinado nacional, sobretudo os jogadores que actuam intramuros. Clésio e Reinildo eram os únicos do conjunto orientado por João Chissano que tentavam remar contra a maré.
Os Ugandeses conseguiram tirar partido da lentidão dos “Mambinhas”. Aos 33 minutos, na sequência de, mais, um erro monumental de Hermínio, Farouk, dentro da grande área, rematou forte e César, com uma palmada, evitou o pior para as hostes moçambicanas.
Os “Mambinhas” já queriam o intervalo, mas antes de o árbitro mandar as duas equipas para os balneários, Norberto, com um passe teleguiado, descobre Clésio que descaiu da direita para o centro do terreno e rematou forte para uma defesa segura de Rachide.
Uma segunda parte dominada pelos ugandeses
Se por um lado a primeira parte foi enfadonha para o conjunto de João Chissano, na segunda o combinado nacional andou à deriva. Nesta etapa parecia que os ugandeses jogavam em casa, uma vez que Moçambique se limitava apenas a trocar a bola e os forasteiros eram mais objectivos.
Os ugandeses foram os primeiros a visitar a baliza contrária. À passagem do minuto 55, Kizito, do meio da rua, rematou forte e a bola foi devolvida pela barra transversal de César, que estava completamente batido.
Volvidos três minutos, os forasteiros voltaram a criar perigo na baliza moçambicana. Na sequência de uma jogada de contra-ataque Kyambadde subiu pela direita e cruzou para a marca de grande penalidade onde estava Kasumba que, no meio de dois defesas, cabeceou e a bola passou a escassos centímetros do poste direito da baliza de Cesar.
A resposta dos moçambicanos surgiu aos 63 minutos. Depois de receber a bola de Gélcio Banze, Luís, perto da grande área, desferiu um portentoso remate para uma defesa segura de Rachide.
Faltando quatro minutos para os noventa, Moçambique estive perto de inaugurar o marcador. Depois de uma excelente combinação com Manucho, Clésio cruzou, com conta, peso e medida, para Luís que, sem oposição, rematou em arco para uma grande defesa de Rachide. O zero a zero prevaleceu até o final da partida e Moçambique é obrigada a marcar golos na partida da segunda mão para seguir em frente.