Um cidadão de nacionalidade paquistanesa, cuja identidade não foi possível apurr, contraiu ferimentos graves na tarde de terça-feira (24) em virtude de um fogo que deflagrou, de repente, na viatura em que sozinho se fazia transportar no cruzamento entre as avenidas Eduardo Mondlane e Albert Lithuli, na capital moçambicana.
O @Verdade apurou que a vítima, que viajava num carro com a matrícula ABU 686 MC, o qual ficou completamente destruído, é irmão de um paquistanês identificado pelo nome de Hanif TT, que neste momento, segundo a indicação das nossas fontes, se encontra em Dubai.
Consta ainda que Hanif TT tornou-se colaborador da Polícia da República de Moçambique (PRM) e da Procuradoria-Geral da República (PGR) no esclarecimento do assassinato de cidadãos da mesma ascendência, ao mesmo tempo que era procurado por uma gangue composta por indivíduos paquistaneses identificados pelos nomes de Syed Asghar Kazni e Assim Hussain, supostamente militares fugitivos da justiça paquistanesa por acusação de assassinatos e aluguer de armas. Mais tarde, este grupo foi desbaratado pelas autoridades moçambicanas.
Ainda em relação ao incêndio em causa, a vítima sofreu queimaduras no corpo, ficou inconsciente após inalar o fumo mas, felizmente, teve socorro dos mirones e foi evacuado para o Hospital Central de Maputo (HCM). No local, algumas pessoas presumiram que a causa do incêndio tenha sido uma bomba devido ao estrondo que se fez ouvir.
O incidente deu-se a poucos metros das instalações do Serviço Nacional de Salvação Pública. David Cumbane, porta-voz desta unidade, disse telefonicamente ao @Verdade que não se tratou de nenhuma bomba. "A viatura estava em movimento e rebentou um dos pneus. O fogo começou a deflagrar pela frente do carro", disse e acrescentou que as chamas foram intensas e atigiram facilmente outras partes do veículo porque este é movido a gasolina.
Segundo uma publicação paquistanesa, o Dawn.com, em 2002, Hanif TT, na companhia de um tal Majeed Manjhla, terão assassinado, por encomenda, um homem que respondia pelo nome de Arshad, na África do Sul. Em troca eles receberiam 500 mil rands. O crime foi cometido sob as ordens do tal Ibrahim Bholoo.
De acordo com essa publicação, as autoridades locais disseram que o suspeito voltou ao Paquistão em 2004 e matou várias pessoas por dinheiro. Haniff TT estaria ligado a Syed Manzar Abbas, de quem se terá separado em Maputo. Foi na residência deste último onde uma moto estava estacionada do lado de fora explodiu numa tarde de Março em 2010.