A Bakhresa Grain Milling (Moçambique), Limitada, empresa de capitais indianos, com unidades fabris na cidade portuária de Nacala, na província de Nampula, poderá encerrar as portas se mostrar reincidência relativamente às orientações do governo, na sequência do agravamento indevido do preço de farinha de trigo.
A empresa decidiu, em Janeiro passado, aumentar o preço daquele produto sem o consentimento das autoridades governamentais, prejudicando, deste modo, milhares de famílias que têm no trigo a sua base alimentar e uma das fontes de rendimento.
O director provincial da Indústria e Comércio, Norberto Narciso João, esteve reunido, na terça-feira (24), com o patronato, com quem discutiu, de forma amigável, a possibilidade de redução do preço, sob o risco de este incorrer em pesadas multas e outro tipo de penalizações que podem resultar no encerramento de todas as suas unidades fabris e comerciais no país.
De acordo com aquele dirigente, em Moçambique o preço do trigo está fixado em 900 meticais o saco de 50 quilogramas, mas a Bakhresa chegou a aplicar quase o dobro do valor daquele produto no princípio deste ano, numa clara transgressão às normas legais.
O representante da empresa, Sivajee Durgavajjla, justifica-se afirmando que a sua instituição funcionou com poucas reservas no mês de Janeiro e no meio de muitas dificuldades, devido à falta de energia eléctrica de qualidade.
De acordo com o nosso interlocutor, durante cerca de 30 dias, a empresa recorreu a grupos geradores para a operacionalização das máquinas. Outra questão está relacionada com a alegada desvalorização do dólar norte-americano no mercado internacional, duas principais razões que ditaram a subida do preço do trigo.
Refira-se que a Bakhresa Grain Miling (Moçambique), Limitada, é a única instituição vocacionada ao fornecimento de farinha de trigo em Nampula, bem como nas províncias vizinhas do Niassa e Cabo Delgado.