Os pais e encarregados de educação que recorrem aos serviços de transporte escolar para os seus filhos devem exigir, dos seus proprietários, maior cuidado por parte dos motoristas desses meios, sobretudo o respeito pela vida e integridade física. De há uns tempos para cá, os desmandos cometidos pelos indivíduos encarregues de conduzir as viaturas nas quais os petizes viajam de casa para a escola e viceversa caracterizam-se por música a um volume ensurdecedor enquanto os meninos dançam inocentemente, sentados ou de pé, e manobras perigosas a uma velocidade excessiva.
A atestar o que se disse nas linhas acima, na semana finda, a Polícia Municipal parqueou 11 viaturas destinados ao transporte de alunos e outras 75 particulares por poluição sonora e inobservância dos limites de velocidade impostos pelo Decreto-Lei no. 1/2011, de 23 de Março, que aprova o Código da Estrada.
Joshua Lai, porta-voz daquela corporação afecta ao Conselho Municipal de Maputo, disse que a poluição sonora resulta da irresponsabilidade de alguns condutores que, na sua maioria, até se esquecem de que transportam pessoas ou ignoram as normas de trânsito. Por causa disso, foram aplicadas multas que variam de 2.500 a cinco mil meticais.
Dos transportes de alunos em causa foram retiradas as aparelhagens de som por se ter constatado que eram de alta potência para o meio circulante em questão.
Joshua Lai disse que a Polícia Municipal está a ser implacável no tocante à transgressão das regras básicas da postura urbana, tanto que, na mesma operação, procedeu à retirada compulsiva, em 25 viaturas que transportam estudantes, de plásticos que tornavam os vidros escuros.
A Polícia Camarária fiscalizou também cerca de 1.190 viaturas e puniu 465 automobilistas, dos quais 77 por encurtamento das distâncias regulamentares em diferentes trajectos da urbe. Foram emitidas 55 multas aos proprietários de algumas barracas, também por poluição sonora, nos bairros da Polana Caniço, Maxaquene e Magoanine.