Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Assassinato de Gilles Cistac
A morte do constitucionalista moçambicano, Gilles Cistac, no Hospital Central de Maputo (HCM), para onde foi levado em resultado de ter sido metralhado, na manhã de terça-feira (03), defronte de um café no bairro da Polana, é um sinal claro de um de sociedade infestada de criminosos e na rota da decadência. E, também, com toda a intolerância política que impera, fomentada pelo regime, que até mobiliza gente pouco esclarecida para se dirigir ao povo, através nos meios de comunicação social que funcionam com base nos nossos impostos, para propalar ideias pré-fabricadas e que distorcem a verdade, era previsível que Cistac seria reprimido de qualquer forma. Directa ou indirectamente. Entretanto, o que não se esperava é que a vítima fosse morta, de forma selvática, como se fosse um perigoso cadastrado. Com o Cistac abatido, aqueles que não toleram ouvir opiniões diferentes nem aprender com os que sabem um pouco mais, vão morrer da sua ignorância.
Derrota na Liga na pré-eliminatória
A Liga Desportiva de Maputo, campeã nacional da alta competição em futebol, o Moçambola, foi eliminada das Afrotaças. Apesar de ter feito uma grande exibição na primeira parte do jogo do último fim-de-semana, a partida terminou sem golos. A turma moçambicana, que jogava em terreno alheio, foi a equipa que teve mais oportunidades de golo na primeira etapa, mas os seus avançados foram perdulários e não traduziram as oportunidades em glória. No reatamento, a Liga Desportiva entrou lançada ao ataque e, volvidos dois minutos, Nando inaugurou o marcador. Foi sol de pouca dura pois, ao minuto 79, o ruandês Edman restabeleceu a igualdade. Cinco minutos depois, na sequência de um erro monumental do moçambicano Gildo, o mesmo jogador da turma adversária fixou o resultado final em 2 a 1. Com este desfecho os campeões nacionais foram, mais uma vez, eliminados prematuramente das competições africanas. No próximo ano há mais.
Dezenas de contas bancárias do INATTER
O Instituto Nacional dos Transportes Terrestres (INATTER) tinha 81 contas bancárias abertas em diferentes províncias moçambicanas para a movimentação dos dinheiros provenientes das receitas colectadas pela instituição! Para que fim tudo isso? Ou algumas contas eram para esconder os montantes provenientes da corrupção que floresce os seus tentáculos naquela casa? Os gestores daquela entidade do Estado acham que devemos acreditar na justificação segundo a qual o cancelamento de 75 das referidas contas surge após se ter constatado que a sua gestão e controlo eram demasiado complexos. Um dirigente, cara sem vergonha, veio a público por intermédio de um jornal apologista da bandalheira que reina no Governo dizer que o encerramento das referidas contas foi uma medida que exigiu coragem. É bom que esse senhor do INATTER conte outra história porque a primeira não tem graça nenhuma.