A ministra da Saúde de Moçambique revelou nesta segunda-feira(23) que a lista de medicamentos essenciais adquiridos pelo Estado, que custam cerca de 500 milhões de meticais todos os anos, está desatualizada desde 2010, considerando, porém, que isso não compromete a saúde pública e prevendo um novo catálogo no próximo ano.
"Temos um ´stock´ para os próximos três meses, mas a lista está desatualizada. Precisamos de atualizá-la porque já há medicamentos novos disponíveis", disse Nazira Karimo, falando aos jornalistas momentos após uma reunião com profissionais da saúde para aprovação da nova lista de medicamentos essenciais em Maputo.
Durante a sua intervenção, a ministra da Saúde de Moçambique disse que a missão do seu executivo é reduzir o catálogo, esclarecendo que uma lista muito extensa não garante a melhor prestação de serviços à população.
De acordo com Nazira Karimo, o objetivo das autoridades moçambicanas é minimizar os gastos na obtenção dos medicamentos, evitando aquisições duplicadas. "Um dos problemas que enfrentamos é de estarmos a comprar medicamentos duplicados. Por vezes, temos o caso de cinco medicamentos que tratam a mesma doença", declarou a ministra, reiterando a necessidade de maximizar os recursos disponíveis na saúde.
O Governo moçambicano gasta anualmente mais de 500 milhões de meticais na aquisição de medicamentos.