Um jovem de 24 anos de idade encontra-se internado no Hospital Distrital da Maganja da Costa, na Zambézia, devido a ferimentos graves resultantes da agressão física perpetrada por populares, supostamente porque surpreenderam-no a roubar numa barraca, no bairro Central, naquele município.
O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira (20). Segundo os agressores, dos quais Gabriel Momade, dono do estabelecimento supostamente vandalizado, a vítima apoderou de vários produtos.
Para ter acesso ao interior do referido estabelecimento comercial, o jovem arrombou uma das janelas. O guarda apercebeu-se da presença de uma pessoa estranha no local e gritou pelo socorro. A confusão instalou-se. Sem piedade, os alguns moradores desferiram golpes contra o indivíduo, soquearam-no, pontapearam-no e recorreram a lâminas para tentarem esquartejar o seu corpo.
O pior só não aconteceu não graças a intervenção dos familiares, que quando chegaram ao sítio o jovem já estava debilitado.
“Quando abri a janela logo apareceu o guarda e só levei algumas garrafas de cerveja. Acusam-me de ter roubado outros produtos mas é mentira, talvez seja uma outra pessoa que os levou”, defendeu-se o visado.
A par do que acontece noutros bairros das províncias moçambicanas, no distrito da Maganja da Costa há relatos de roubos constantes nas residências, um crime que tende a ganhar terreno de há tempos a esta parte. Há também relatos de existência de malfeitores, compostos por cinco a 10 elementos, que usam armas brancas para atingirem os seus objectivos.
Para além deste crime, na madrugada de quarta-feira (22), um grupo de desconhecidos arrombou uma residência no bairro de Maquinze, na Maganja da Costa, onde saquearam todos bens e agrediram fisicamente o proprietário da mesma. Os meliantes usaram instrumentos contundentes para derrubar a porta da casa e encontram-se em parte incerta.
Contudo, apesar do clamor da população por causa da onda de criminalidade, principalmente à noite, o comandante distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM) naquela parcela do país, Osório Fabula, considera que não motivos de alarme. A corporação está a trabalhar com vista a encontrar os indivíduos que criam distúrbios nos bairros.