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Julgamento do jornalista John Chekwa marcado para esta Quinta-feira

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O julgamento do coordenador e jornalista da Rádio Comunitária Catandica em Báruè, na província central de Manica, John Chekwa, acusado de crime de difamação no caso das “sementes que não germinam”, distribuídas a um grupo de 60 camponeses pela empresa Nzara Yapera e pelo Serviço Distrital das Actividades Económicas (SDAE) locais, tem lugar a partir das 9 horas desta Quinta-feira (25).

Refira-se que a audiência tinha sido inicialmente marcada para 21 de Março passado, mas foi adiada e remarcada para esta quinta-feira pelo Tribunal Judicial do Distrito de Báruè.

John Chekwa vai ser julgado porque no dia 23 de Janeiro de 2012 produziu e publicou, no seu livre exercício de liberdade de imprensa e de expressão, uma reportagem a denunciar a empresa Nzara Yapera, alegadamente por esta ter vendido semente de milho que não germinam a comunidade concretamente a associação dos camponeses Tariro Yemurime. Antes de publicar a noticias Chekwa tentou contactar o director dos Serviços de Actividade Económica em Báruè, Zacarias Mazaja, e Peter Maziwei, proprietário da empresa Nzara Yapera, mas sem sucesso.

A reportagem publicada dava conta de que cerca de 60 camponeses entrevistados no campo de produção pela equipa de jornalistas da Rádio Comunitária Catandica mostraram indignaçao pelo facto de a semente de milho vendida pela empresa Nzara Yapera apresentar sinais de má qualidade e que a mesma não germinava a sensivelmente seis meses.

Nesse contexto a empresa Nzara Yapera submeteu um processo-crime contra o jornalista John Chekwa e este recebeu uma notificação de acusaçao do Tribunal Judicial do Distrito de Bárué para comparecer em tribunal no dia 25 de Abril de 2013 pelas 9 hoas. Foram também convidados, na condiçao de testemunhas, sete camponeses da Associação Tariro Yemurime para prestar declarações.

O FORCOM diz ter contratado um advogado para conduzir o processo de acusação que pesa sobre John Chekwa e no dia do julgamento o FORCOM estará inclusivamente representado pela equipa constituída pelo presidente João dos Santos Jerónimo e a directora executiva Benilde Nhalevilo.

O fórum defende que a liberdade de imprensa e de expressão são pressupostos básicos para se ter uma democracia aberta onde as pessoas tenham a oportunidade de expressar os seus sentimentos contribuindo positivamente para a consolidação do estado de direito no país.


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