Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:
Armando Guebuza
O antigo Chefe de Estado, Armando Guebuza, recordou aos moçambicanos, numa entrevista à Lusa, que a opção ideológica pelo marxismo-leninismo, na independência do país, há 40 anos, foi uma clara oposição ao colonialismo português, que era “fascista, capitalista e ocidental”. Ele esclareceu ainda que “o capitalismo que conhecíamos era xibalo (trabalho forçado), palmatória e humilhação”. Até aqui tudo bem. O político reformado começou a dizer disparates quando afirmou que depois desse período não havia “outra via senão ter capacidade de acumular [riqueza] e depois discutir a distribuição”. Isto só pode ser mesmo palhaçada, uma tentativa de nos confundir e até subestimar a nossa capacidade de perceber o alcance de certos pronunciamentos políticos. Agora, senhor Guebuza, quanta riqueza distribuiu à população durante a sua governação? E, em 40 anos de independência, que riqueza o seu partido distribuiu pelo povo?
TRAC
Alegando a ocorrência de acidentes de viação por falta de segurança, a Trans African Concession (TRAC) bloqueou a entrada para a Estrada Circular de Maputo, a partir do bairro de Tchumene, no município da Matola, até ao acesso ao bairro do Zimpeto, na cidade de Maputo. Fenias Mazive, director-geral daquela entidade, um dos seus funcionários envolveu-se num sinistro no local, para além de acidentes com camiões. Os municípios de Maputo e da Matola enfrentam problemas sérios de transitabilidade e fluidez de trânsito, principalmente nas horas de ponta, e os citadinos recorriam ao troço ora bloqueado para chegarem cedo aos seus destinos. E, agora, diga-nos, senhor xico, como é que vamos contornar o caos gerado pelos engarrafamentos devido à falta de vias de acesso? Que tal se inventasse uma portagem na via para colectar dinheiro como tem sido seu apanágio na EN4, porque percebemos que parece ser essa a sua intenção?
Automobilistas que causam acidentes de viação
Moçambique está infestado de condutores que todas as semanas causam acidentes de viação e, na pior das hipóteses, matam e não prestam assistência às vítimas. Eles fogem das suas responsabilidades porque, na verdade, não passam de gente sem escrúpulos. Sobre este assunto já tínhamos falado e pensávamos que os visados entenderam o nosso apelo para que sejam prudentes quando se fazem ao volante. Há pouco mais de um mês condenámos esta situação; por isso, uma vez que o derramamento de sangue e luto prevalecem na via pública, repetimos: É preciso expurgar das estradas todos aqueles que são um perigo às nossas vidas. Basta de matança! Chega de haver mais pessoas que do nada ficam incapazes de levar uma vida normal sem dependerem de terceiros! Chega de deixar mais crianças sem pais! Chega de luto nas famílias! Chega de haver automobilistas não habilitados a fazerem-se ao volante nas nossas estradas!