O juiz Adérito Malhope, do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo (TJCM), condenou oito cidadãos a penas de prisão que varia de 11 a 16 anos por rapto de duas crianças do sexo masculino, em 2013, na capital moçambicana.
O primeiro deu-se a 24 de Setembro daquele ano e a vítima, de nacionalidade moçambicana, responde pelo nome de Rui Tezinde, de 9 anos de idade. Os visados exigiram cinco milhões de meticais de resgate, mas apenas receberam dois milhões.
O segundo sequestro ocorreu a 23 de Dezembro contra David Moreira, de 7 anos de idade, de nacionalidade portuguesa, cujo resgate custou oito milhões de meticais.
Ismael Momad e Ivo Cândido, acusados de serem os cabecilhas da quadrilha, foram condenados a 16 anos, enquanto Benedito Cumbe, Ângelo Cossa, Fernando Nguo, Ikibal Albano, Horácio Cossa, Inocêncio Senhor apanharam penas que variam de 11 a 12 anos de prisão. Porém, um indivíduo identificado pelo nome de José Coelho foi ilibado por falta de provas da sua participação nos raptos em causa.
Dos sequestradores, cinco confirmaram perante o juiz que praticaram os crimes de que eram acusados mas três alegam que são injustiçados, pois apenas transportaram os vítimas e guarneceram os cativeiros a mando dos chefes.
O juiz Adérito Malhope disse, no fim do julgamento, que as penas aplicadas são exemplares porque os crimes desta natureza, sobretudo contra as crianças, são terríveis. “Quero apelar aos réus para se conformarem com a sentença e corrigirem-se na cadeia”.
Em Agosto de 2014, o mesmo tribunal condenou Momad Amene, Remane Abdul Remane, Gipson Carlos e Jafar Mussagy Malache, também acusados de sequestro de dois empresários, em Abril e Dezembro de 2012.
Os réus eram acusados de sequestro dos empresários José Moreira Alves, proprietário da Jomofi Construções, no bairro da Costa do Sol, na noite de domingo em Abril de 2012, e Jainudin Norudini Dali, proprietário da Padaria Lafões, interceptado pela quadrilha à entrada da sua casa na noite de 18 de Dezembro do mesmo ano.