A selecção nacional de basquetebol de sub-16, no que toca a femininos, também conhecida por escalão de juvenis, ocupou a quarta posição no Campeonato Africano da categoria ao ser derrotada no embate de atribuição de terceiro e quarto lugares pela sua congénere da Angola, por 52 a 48. A prova foi ganha pelo Mali, por sinal pela quarta vez consecutiva.
Naquela competição que foi disputada em Antananarivo, capital de Madagáscar, o combinado nacional estava inserido no grupo B a par das selecções de Angola, Mali, Ruanda e Tunísia.
Tal como sucedeu no certame realizado em Maputo, em 2013, na jornada inaugural da fase de grupos, Moçambique não conseguiu contrariar o favoritismo das tricampeãs africanas e foi derrotado pelos expressivos 77 a 50.
No embate seguinte, ou seja, na segunda ronda, as comandadas de Lucília Caetano humilharam o conjunto do Ruanda pela marca de 96 a 26, diga-se, em abono da verdade, o resultado mais desnivelado da competição.
O triunfo frente às ruandesas motivou sobremaneira o combinado nacional, uma vez que na terceira jornada as moçambicanas voltaram a sair vitoriosas, desta vez, frente à arqui – rival Angola por uma diferença de 10 pontos, ou seja, 62 a 52.
À entrada da quarta e última partida da primeira fase, Moçambique já tinha assegurado um lugar nos quartos-de-final da prova, mas, mesmo assim, as nossas meninas não deixaram os seus créditos em mãos alheias e bateram a Tunísia pela marca de 66 a 62. As eleitas de Lucília Caetano terminaram a fase de grupos na segunda posição, a seguir às malianas, que somaram quatro vitórias em igual número de embates.
Moçambique perde com a Nigéria e falha apuramento para o “Mundial”
Nos quartos-de-final, o sorteio ditou que Moçambique medisse forças com o Egipto, vice-campeão africano. As moçambicanas provaram que as estatísticas não ganham jogos e eliminaram as egípcias pelo resultado de 48 a 46, numa partida que o vencedor foi encontrado nos últimos instantes do quarto e derradeiro período.
Com este triunfo, as meninas de Lucília Caetano apuraram-se para as semifinais e tiveram como rival a poderosa Nigéria.
Foi uma partida em que Moçambique entrou praticamente a vencer, graças à apatia do seu rival. No primeiro quarto do jogo, o combinado nacional converteu 16 pontos contra apenas cinco das nigerianas.
As nossas representantes, na primeira etapa, estiveram implacáveis a atacar assim como a defender o que, de certa forma, alicerçou a vantagem de 11 pontos conseguida no primeiro quarto do confronto.
Se no primeiro período a formação orientada por Lucília Caetano fez uma exibição de encher os olhos, no segundo, a selecção nacional baixou de rendimento e deitou a perder uma vantagem de 11 pontos.
Nesta etapa, Moçambique andou a leste dos acontecimentos o que espevitou o crescimento do seu adversário no jogo. As nigerianas conseguiram passar para a dianteira, visto que esta fase terminou com o resultado de 25 a 24 a favor da Nigéria.
Segunda parte imprópria para cardíacos
No reatamento, ou seja, no terceiro período, tal como aconteceu na primeira etapa, Moçambique voltou a entrar na mó de cima, e nos primeiros dois minutos marcou quatro pontos contra apenas dois do seu adversário.
As nigerianas conseguiram anular a vantagem moçambicana, visto que nesta fase do confronto as duas equipas marcaram o mesmo número de pontos, 11; todavia, a Nigéria manteve-se em vantagem, visto que no final do terceiro quarto vencia pela marca de 36 a 35.
O quarto período foi, diga-se, impróprio para cardíacos, ou seja, a equipa que atacava era perigosamente correspondida.
A 6 minutos e 37 segundos para o final da partida, as nigerianas venciam por 44 a 37, mas as comandadas de Lucília Caetano iniciaram uma recuperação que fez com quem o jogo fosse disputado até ao extremo.
Moçambique conseguiu empatar o confronto quando faltavam 33 segundos para o final do quarto período; porém, nos últimos segundos da partida, viu uma jogadora adversária converter três pontos e fixar o resultado final em 54 a 51. Caso para se dizer que as moçambicanas morreram na praia.
Com esta eliminação, o combinado nacional foi afastado do Campeonato Mundial da categoria, visto que os dois primeiros classificados apuram-se para a fase de grupos daquela competição.
Angola derrota Moçambique e fica com a medalha de bronze
Depois de falhar o acesso à final da prova, a formação orientada por Lucília Caetano teve pela frente Angola, em partida de atribuição de terceiro e quarto lugares. Neste confronto, o combinado nacional voltou a averbar uma derrota, 48 a 46, e não conseguiu consolidar o estatuto de terceira melhor selecção nesta categoria alcançada em 2013, no certame que foi disputado na capital moçambicana.
A quarta edição do Campeonato Africano na categoria de sub-16 foi ganha pelo Mali que, na finalíssima, derrotou a Nigéria pelo resultado de 57 a 46.