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Nyusi e Dhlakama, população de Mocuba quer paz...

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Os habitantes do distrito de Mocuba, na província da Zambézia, juntaram-se às pessoas que têm apelado pela paz, pese embora até aqui sem nenhum resultado concreto nesse contexto, e marcharam na manhã de quarta-feira (15), empunhando dísticos de exortação para que o Presidente da República, Filipe Nyusi, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, encontrem formas de assegurar o sossego em Moçambique.

Empunhado cartazes e panfletos com mensagens de “não à guerra”, os citadinos de Mocuba apelaram às partes em desacordo para que se entendam e façam negociações sérias com vista a materializarem os acordos assinados. A Nova Zona Económica Especial daquele ponto do país parou para dizer “não à violência”.

Logo às primeiras horas do dia, já se via uma movimentação desusada de pessoas trajadas de roupa branca, que simboliza a paz. Gente de várias idades, desde dirigentes públicos, passando pelos partidos político e sociedade civil, a confissões religiosas e jovens não ficou indiferente à tensão político-militar que se vive na “Pérola do Índico”.

Segundo Teresa Boaventura, participantes na marcha, a harmonia só poderá ser alcançada se o Governo e a Renamo levarem a sério a materialização dos acordos que assinaram. “A guerra não tem cor partidária, então todos devem abrir o coração” para a paz. Na altura de implementar os assentimentos rubricados no âmbito do diálogo político, “cada um deve fazer a sua parte. Não podemos dizer uma coisa hoje e amanhã fazer outra”.

Para Novais Adolfo, outro cidadão que participou na marcha, lembrou-se do sofrimento vivido durante a guerra dos 16 anos. Ele contou que tem mágoas que não lhe deixam boas recordações, por isso defende que se deve cultivar a paz e que não se recorra à violência para resolver indiferenças.

O Conselho Cristão de Moçambique em Mocuba, representado por Rufino Alfinete, referiu que as confissões religiosas vão continuar a fazer sua parte para que a harmonia social, como um bem comum, não se perca. E reitera a necessidade de o Governo e a Renamo chegarem a um consenso de modo a não prejudicarem o desenvolvimento do país.


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