Os nossos leitores elegeram as seguintes xiconhoquices na semana finda:
Recurso da Procuradoria-Geral da República
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou a 18 de Setembro o seu recurso da sentença que absolveu, a 16 do mês mesmo mês, Carlos Nuno Castel-Branco, do crime contra a Segurança do Estado moçambicano, e Fernando Mbanze, editor do jornal Mediafax, do crime de abuso da Liberdade de Imprensa por haver publicado uma carta escrita pelo académico em Novembro de 2013 onde criticava o então Presidente de Moçambique, Armando Emílio Guebuza. Até quando e onde a PGR, representada pela excelentíssima Beatriz Buchil, pretende levar Guebuza ao colo? Com esta vassalagem toda, extemporânea, que benefícios a senhora Beatriz visa atingir? Ou ela faz isso pelo facto de ter sido nomeada pelo ex-Chefe de Estado e quer retribuir o gesto navegando em água turvas? Cuidado sua excelência, porque no fim de todas estas xiconhoquices, a sua cara pode estar coberta de lama e não poder enxergar devidamente os bandidos que tiram o sono aos moçambicanos de modo a ir atrás deles! Senhora, concentre-se em assuntos prioritários e caso não saiba quais são pergunte ao povo, pois ele tem uma lista extensa dos mesmos...
Deposição de nados-mortos na lixeira de Mahlampswene
A pós a vergonha de sexta-feira passda, que consistiu na deposição de 24 nados-mortos na lixeira de Mahlampswene, no município da Matola, a comissão de inquérito criada para apurar as causas concluiu que se tratou de um erro do funcionário em serviço que os confundiu com lixo comum. Isso já era sabido mesmo antes do tal averiguação. Regra geral, os corpos não reclamados até um certo período são depositados numa vala comum. Neste contexto, o que o Ministério da Saúde e o Conselho Municipal da Matola devem explicar ao povo, é como que os nados-mortos foram encaixotados. Não faz sentido conservar cadáveres em caixas para serem transportados para onde quer que seja. Aliás, as instituições organizadas deviam possuir um protocolo apropriado que permita evitar este tive de erros. A ministra Nazira Abdula falou-nos de uma incineradora de lixo e deu a entender que os corpos seriam também incinerados, o que não faz nenhum sentido tendo em conta o tamanho disponível no Hospital Provincial da Matola, a não ser que os cadáveres deviam ser primeiro esquartejados, o que também é impensável.
Outro apagão em Nampula
Depois do apagão que deixou milhares de citadinos sem corrente eléctrica, durante mais de 45 dias, no princípio deste ano, na cidade e resto de Nampula, vários bairros tais como Carrupeia, Namicopo, Namutequeliua, Muhala, Muahivire, Bairro Central, Mutomote e Nampaco estão novamente privados destes serviços desde domingo (20), devido a um incêndio na Central Eléctrica, resultante de um presumível curto-circuito. Isto é daquelas xiconhoquices de arrepiar e pôr o cabelo em pé. Não é a primeira vez que isso acontecesse e o que indigna é o facto de nunca serem tomadas medidas eficazes com vista a evitar o mal. Os governantes deste país não se comovem com o nosso sofrimento. No caso concreto da falta de energia eles movem poucas palhas porque sabem que a situação não lhes afecta porque a sua alternativa são geradores, partes dos quais comprados como os nossos impostos. Problemas constantes como os que nos referimos, relacionados com a falta de energia eléctrica, quando não são resolvidos resultam em caos quando nós o povo decidimos dar um basta a este pavor. Ninguém venha, um dia, venha reclamar de falta de aviso!