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Trabalhadores da Empresa Municipal de Transportes Públicos de Maputo em greve por aumento salarial já aprovado pelo Governo

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Os trabalhadores da Empresa Municipal de Transportes Públicos da cidade de Maputo (EMTPM) paralisaram nesta segunda-feira(28) as suas actividades, reivindicando o reajuste salarial, atrasado desde o mês de Abril do corrente ano. Esta é a segunda greve dos motoristas e cobradores da EMTPM este ano, no início de Junho protestaram devido ao atraso no pagamento do salário do mês de Maio.

Horácio Massango, um dos motoristas da EMTPM, disse a AIM que a greve irá continuar até a resolução do problema de reajuste de salários.

Massango sublinhou não fazer sentido os trabalhadores da empresa congénere do Município da Matola (ETM) tenham tido um reajuste de 10.59 por cento "e nós apenas sete por cento, enquanto fazemos os mesmos trabalhos".

A fonte revelou que começa a trabalhar as três horas, de madrugada, para despegar as 22 horas. "Nós trabalhamos duro para cumprir com as nossas actividades profissionais, mas, desde Abril do corrente ano, não temos salário compatível, nem somos acarinhados. De que vocês pensam que nós vivemos?", questionou Massango.

Segundo ele, os trabalhadores estão cansados dos novos administradores da EMTPM, alegando que nada fazem para reajustar o salário, depois de terem prometido um reajuste de 10.59 por cento, mas que, na pratica, o reajuste foi de sete por cento.

Os trabalhadores da EMTPM mostram-se desapontados com a nova administração da empresa e com o sindicato local, pedindo o regresso dos moldes anteriores em que a gestão era feita através do ministério dos Transportes e Comunicações.

Para além do aumento salarial os motoristas e cobradores da EMTPM exigem promoções que, segundo eles, não acontecem há mais de cinco anos.

 

O porta-voz da empresa municipal dos Transportes Públicos de Maputo, Lourenço Albino, qualificou a paralisação laboral de sabotagem, protagonizada por um grupo de trabalhadores e afirmou à RM que a empresa vai garantir os serviços mínimos para que os citadinos da capital de Moçambique não fiquem lesados pela falta de transporte que mesmo sem greve faz-se sentir nos dias úteis.

Os grevistas afirmam que só voltarão ao trabalho depois de um encontro com o Ministro dos Transportes e Comunicações.

A EMTPM conta com um universo de cerca de 1.000 trabalhadores

 


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