Cerca de cinco mil e duzentos alunos e mil professores, cuja lista dos nomes é bastante extensa para ser arrolada, conforme os números sugerem, foram interpelados, este ano, a consumirem cocaína, soruma, tabaco e bebidas alcoólicas em plena actividade escolar, em diferentes instituições de ensino da província de Nampula.
Na verdade, foram no total 6.392 consumidores de diversas drogas e álcool, entre alunos, professores e pessoal não docente, alguns dos quais com processos disciplinares e criminais instaurados pelos estabelecimentos de ensino que frequentavam e já em tramitação nas entidades competentes.
Estes dados constam de um documento sobre a “saúde escolar, álcool e drogas nas escolas, género e desporto” a ser apresentado no Primeiro Conselho Coordenador da Direcção Provincial da Educação e Desenvolvimento Humano, que decorre desde quinta-feira (01) em Nampula.
O documento aponta o distrito de Meconta como o pioneiro problemático em termos de casos de consumo de drogas envolvendo os alunos, professores e outros funcionários dos estabelecimentos do ensino, com 5.193, 373 e 209 casos, respectivamente.
Já os distritos de Nacala-Porto e Ribáuè seguem em segundo e terceiro lugares, com 503 e 33 das situações a que nos referimos, o que estorva a missão de ensino e aprendizagem, sobretudo o bom desempenho e desenvolvimento dos consumidores.
Para inverter este cenário, o sector da Educação e Desenvolvimento Humano a nível daquela parcela do país está a intensificar campanhas de sensibilização à comunidade estudantil, incluindo o corpo docente, sobre o impacto negativo destas práticas.
Os professores que consomem bebidas alcoólicas com os seus alunos incorrem em penalizações pesadas, tal como refere o documento, pese embora sem especificar o tipo de castigo. O Conselho Coordenador Provincial da Educação e Desenvolvimento que termina esta sexta-feira (02) aprecia, dentre vários pontos, os resultados sobre o aproveitamento pedagógico referente ao primeiro semestre e o nível de preparação dos exames escolares 2015.