O bairro de Guava, no distrito de Marracuene, na província de Maputo, conta com posto policial, desde a sexta-feira (30) passada, cujas obras foram iniciadas pelos residentes e concluídas pela Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH).
A LDH considera que já estão criadas as condições para a realização de um patrulhamento comunitário organizado, que não atente contra a vida de inocentes, porém, os moradores exigem que os elementos do Policiamento Comunitário pautem pela seriedade no seu trabalho.
Alice Mabota, presidente daquele organismo, disse que as instalações são para ajudar a resolver os problemas dos residentes de Guava, que outrora eram vítimas de agressões físicas, violações sexuais e morte. Ela espera que o Policiamento Comunitário trabalhe no sentido de desencorajar a justiça pelas próprias mãos e evitar que haja actos que atentam contra o bem-estar da comunidade.
“Se os nossos dirigentes aplicassem os fundos e bens doados pelos parceiros internacionais para o bem da população não estaríamos a lacrimejar por falta de condições para rápida expansão de postos policiais, porque é possível, com honestidade criar condições mínimas para garantir a segurança da população”, Mabota.
Teodoro Machaieie, reside no bairro de Guava, disse que espera que o policiamento comunitário seja capaz de trabalhar para a comunidade, mediar conflitos e impedir que os malfeitores assaltem residências tal como acontecia há pouco tempo por falta de segurança.
Cremilde Neves sustentou que antes da implantação daquele posto percorria-se entre dois e três quilómetros para os bairros vizinhos, nomeadamente Magoanine CMC e Albasine para pedir auxílio em caso de assalto ou outro tipo de crime. Os moradores, sobretudo trabalhadores, eram agredidos fisicamente e algumas alunas violadas sexualmente durante o seu regresso da escola à noite.