Os utentes do Hospital Distrital de Catandica lamentam o atendimento deficiente, a falta de respeito e de atenção protagonizados pelos funcionários. Estes são também acusados de passar receitas de medicamentos que sabem de antemão que não existem nas farmácias públicas.
Os técnicos daquela unidade sanitária são igualmente indiciados de dar prioridade a seus amigos e pessoas influentes, sobretudo na maternidade.
O líder Langitone, do bairro Sabão, que trabalha num posto de saúde local, disse que o problema de que os utentes se queixam não é protagonizado pelos profissionais de saúde, mas sim, tem a ver com a falta de medicamentos, incluindo no Hospital Distrital de Catandica.
Não foi possível ouvir o director daquele hospital, porém, o director dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social (SDSMAS) em Báruè, Armando Castigo, considerou que as queixas os munícipes não são reais nem há falta de medicamentos. Pelo contrário, o atendimento é bom.
Enquanto isso, Elias Simate Meianote, socorrista afecto ao posto de saúde do bairro Sanhathunze, na vila Municipal de Catandica, é acusado de desvio de medicamentos com o intuito de vendê-los no mercado informal.
Elias Meianote é também indiciado de abandonar o seu posto de trabalho nas horas normais de expediente para tratar os assuntos de interesse pessoal.
Paracetamol é o único medicamento receitado no posto de saúde de Sanhathunze, segundo os utentes. O visado negou todas as acusações que pesam sobre si.
O chefe da localidade, Fernando Michone, disse que ainda não recebeu nenhuma queixa em relação ao alegado mau comportamento daquele socorrista.