Um total de 3.888 professores foram afectados pelas cheias em Moçambique, o que vai comprometer parte dos planos deste sector. Deste número, 256 profissionais da educação estão em suas casas sem fazer nada porque nas escolas em que estão afectos não há meios para leccionar.
De acordo com Rosa Tomé, da Organização Nacional dos Professores (ONP), é, sobretudo, aos professores que estão em casa, sem fazer nada, que recai grande parte da pressão, incluindo a psicológica. Muitos deles não sabem qual vai ser a sua sorte, o que também ocorre com os seus alunos.
"Temos o caso dos exames finais que regra geral são elaborados pelo Ministério da Educação para todo o país. Assim, o Ministério irá observar uma outra forma de elaborar os testes para os alunos afectados, uma vez que muitos ainda nem sequer têm aulas e se as tem tudo acontece com dificuldades", disse a fonte.
Ela acrescentou que há necessidade de se considerar propostas de exames por parte dos professores dos distritos afectados. Por seu turno, o porta-voz do Ministério da Educação, Eurico Banze, disse que o sector está a par desta situação e tudo fará para que os alunos afectados não sejam prejudicados, elaborando-se exames especiais, por exemplo. Cerca de 181 escolas da província meridional de Gaza foram afectadas.
Destas, 36 estão praticamente paralisadas, maior parte das quais em Chókwè e Guijá. No Instituto Agrário de Chókwè, por exemplo, os danos foram avultados.
Pelo menos uma parede desabou devido a fúria das águas e alguns dos compartimentos foram vandalizados por pessoas que para la acorreram em busca de abrigo. Em Chemba e Maringue, província central de Sofala, há um total de 25 escolas afectadas e com sete mil alunos e 98 professores atingidos pelas cheias.