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Transportadores da rota Costa do Sol/Anjo Voador paralisam actividades em Maputo

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Os transportadores semi-colectivos de passageiros da rota Costa do Sol/Anjo Voador paralisaram as actividades, também, na manhã desta terça-feira (04), em contestação dos buracos que, paulatinamente, e perante o olhar impávido da edilidade de Maputo, “assaltaram” a Avenida Marginal, sobretudo a partir das imediações do Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano ao terminal da Costa do Sol, o que está a dificultar a transitabilidade e concorre para a danificação dos seus carros.

Para mostrar a sua insatisfação por causa dos buracos, os transportadores impediram, por algum tempo, a circulação de outras viaturas singulares, o que causou congestionamento na via.

Devido ao mesmo problema relacionado com as vias de acesso esburacadas, que é característico em muitas artérias das cidades de Maputo e da Matola, na semana passada, outro grupo de transportadores paralisou as suas actividades devido aos buracos, dentre os quais fundo e que a cada dia aumentam de número e de dimensão na Avenida do Trabalho, uma das vias através das quas se entra e  sai do centro da cidade da capital do país para os bairros tais como de Michafutene, Zimpeto, Malhazine Benfica, Zona Verde.

Neste momento, a Avenida Marginal está em condições precárias de transitabilidade, principalmente por causa das últimas chuvas que caíram em Maputo. De acordo com os operadores, a paralisação de actividades na manhã desta terça-feira foi para tentar forçar a reabilitação daquela via uma vez que a situação tende a tornar-se crítica, além que concorrer para a danificação das suas viaturas.

Em consequência dessa interrupção do embarque de passageiros da Costa do Sol para Anjo Voador e vice-versa, centenas de cidadãos ficaram horas a fio enfileirados nas paragens à espera que “Chapas”, por isso, muitos deles foram impedidos de se fazer aos seus postos de trabalho ou a outros destinos. Zélia Dansoko, residente no bairro da Costa do Sol, disse que estava na fila há duas horas mas nenhum sinal do “Chapa” havia, pois todos os motoristas parquearam as suas viaturas. Os alunos também não escaparam da crise de transporte.

Inocência Chaúque, estudante numa das escolas do centro da cidade de Maputo, disse que ia efectuar ligações, da Costa do Sol para a Praça dos Combatentes, de onde tomaria outro meio de transporte para Museu com vista a não atrasar na escola.

Martinho Pedro, um dos operadores naquela rota, disse ao @Verdade que o mau estado da via obriga aos automobilistas a fazer “gincanas” com vista a esquivarem-se dos buracos, os quais agravam o estado mecânico de algumas viaturas. Segundo o nosso interlocutor, não há condições para se transportar pessoas uma vez que qualquer descuido pode culminar com um acidente de viação.

O município de Maputo tem consciência de que a Avenida Marginal está intransitável, mas mantém impávido e da forma como os buracos estão naquela parece que não há nenhuma vontade de pelo menos minimizar o problema, disse Jorge Langa, outro transportador da mesma rota.

 


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