O representante da delegação do Governo no diálogo com a Renamo, Gabriel Muthisse, defende que os ataques das Forças de Defesa e Segurança contra as posições deste partido ocorrem sempre em situações de legítima defesa. Esta posição vem justificar e legitimar os bombardeamentos protagonizadas pelas forças governamentais nos últimos dias à serra da Gorongosa, onde se acredita que esteja Afonso Dhlakama.
Desde a semana finda, as Forcas de Defesa e Segurança têm protagonizado ataques contra posições de Renamo, numa altura em que o diálogo político entre o Governo e a “perdiz” têm dado sinais de avanços.
Sobre esses ataques, o ministro de Transporte e Comunicações, representante do Executivo no dialogo disse, esta segunda-feira (10) após a ronda com delegação da Renamo, que tais ataques só ocorrem em legítima defesa.
No entanto, o chefe da delegação daquele partido, Saimone Macuiane garantiu à imprensa que mesmo diante desse situação o diálogo irá continuar porque essas são as recomendações do líder desta força partidária, Afonso Dhlakama. A fonte não revelou se tais ataques teriam resultado em mortos ou feridos,mas apelou à intervenção do Presidente da República, Armando Guebuza, para restaurar a normalidade.
Segundo Macuiane, a Renamo pede apoio da comunidade nacional e internacional para que faça o possível para que o país possa gozar da paz. Esses ataques, defende, ocorrem numa altura em que tudo indicava que o trabalho iria decorrer sem sobressaltos”.
Para o Governo, na voz de Gabriel Muthisse, a Renamo é quem tem estado a atacar colunas militares que procuram garantir segurança de pessoas e bens em trânsito naquela zona. Por isso, as FADM têm respondido em defesa da população, dos seus bens e livre circulação.
“Nós temos apelado à Renamo a parar com os ataques tendo em conta o ambiente de diálogo em curso", disse Muthisse, para quem as FADM têm a missão de garantir o respeito da ordem constitucional e proteger a população.
No entanto, a fonte governamental deixou claro que não tinha conhecimento sobre as razões específicas que teriam ditado a referida ofensiva, adiantando que a mesma só pode ter sido feita em retaliação aos ataque que os homens armados da Renamo têm protagonizado contra as posições militares ou a coluna que garante segurança as pessoas e bens que transitam naquela região.