Os automobilistas da cidade de Nampula, província com o mesmo nome, Norte de Moçambique, estão agastados com o Conselho Municipal local devido à crescente degradação das ruas e avenidas, facto que não é acompanhado pela respectiva resselagem de buracos e reabilitação de algumas estradas já em péssimas condições de transitabilidade.
Alfredo João, operador do transporte semi-colectivo de passageiros, vulgo “Chapa 100”, disse que há buracos em quase todas as ruas e avenidas da urbe. Por via disso, os condutores são obrigados a substituir frequentemente algumas peças das suas viaturas devido ao seu desgaste provocado pelos buracos.
Desde Dezembro passado, mês em que inicio a queda da chuva em Nampula, o município ainda não fez nenhum trabalho de melhoria da transitabilidade nas artérias mais degradadas.
Refira-se que o porta-voz do Conselho Municipal da Cidade de Nampula, Abdul Paulo, disse, recentemente, que a edilidade estava a enfrentar dificuldades, principalmente de aquisição de asfalto no mercado nacional, para reabilitar as vias de acesso.
Em consequência dessa “crise”, os técnicos da autarquia têm vindo a tapar buracos com a areia, um material que não dura mais de uma semana devido à sua fácil remoção. A avenida do Trabalho, sobretudo o troço entre o Hospital 1º de Maio e a Padaria Nampula, é uma das vias que mais preocupam os munícipes.
Joel Frederico, outro operador do transporte semi-colectivo de passageiros, afirmou que a precariedade das artérias estimula o encurtamento de rotas numa tentativa de esquivar dos buracos, alguns com a dimensão de crateras.
Sobre este problema, o presidente da Associação dos Transportadores de Nampula, Luís Vasconcelos, asseverou que os encurtamentos de rotas devem-se, igualmente, à falta de uma fiscalização rigorosa por parte da Polícia Municipal. Em nenhum momento as autoridades camarárias retiraram a licença a um condutor que tenha sido descoberto a infringir as regras de trânsito. Isso faz com que as pessoas fiquem relaxadas e não sintam as penalizações prevista na postura municipal.
“O que se assiste é um comportamento desonesto por parte dos automobilistas devido à inoperância da legislação vigente no país”, concluiu a fonte.