Três aviões de combate, Mi-G21, de fabrico soviético, provenientes da Roménia e com destino a Moçambique foram recentemente retidos pelas autoridades da Alemanha.
Segundo a revista alemã Der Spiegel, os aviões de guerra chegaram a cidade portuária de Bremerhaven por via ferroviária a partir de Budapeste, em seis contentores, e deveriam ter seguido viagem de navio para Moçambique contudo foram apreendidos pois o transporte não estava autorizado em território alemão.
Na Alemanha existe uma Lei de Controle de Armas de guerra e este carregamento de aviões de combate para Moçambique carece de uma autorização, que não possui.
Segundo fontes da publicação alemã, os Mig-21 estariam de regresso a Moçambique após ter sido reparados na Roménia.
As autoridades da cidade alemã de Bremen terão já iniciado um processo contra a empresa romena responsável pelo envio dos aviões, por violação da Lei de Controle de Armas de guerra. A empresa romena já havia sido processada num caso similar em 2008.
Revitalização da Força Aérea
Recorde-se que em Outubro de 2013 MiGs das Força Aérea de Moçambique (FAM) voltaram a cruzar os céus do nosso país, quase duas décadas depois dos últimos terem sido vistos no ar.
Na altura, o então ministro da Defesa Nacional, Filipe Nyusi, desmentindo a publicação online DefenseWeb, especializada em informação da área da Defesa em África - que havia noticiado que Moçambique tinha adquirido oito aviões "MiG-21" a uma empresa da Roménia denominada AEROSTAR -, afirmou que “Moçambique sempre teve Migues. Não houve nenhuma nova compra.”
Segundo o DefenseWeb os MiGs estariam em revisão naquele País europeu, e assim que terminada serão enviados a Maputo. Portanto estes aviões apreendidos na Alemanha poderão ser parte desse lote de oito MiGs.
Ainda em 2013 o Governo moçambicano adquiriu outros dois aviões militares para a Força Aérea, desta vez Antanov An 26 B, comprados em segunda mão à Ucrânia. Durante as comemorações do 3 de Fevereiro de 2014 pelo menos um desses aviões foi visto nos céus de Maputo.