O Governo e a Renamo anunciaram a criação, esta segunda (31), em Maputo, de um comando central composto por 70 observadores nacionais e 23 internacionais para pôr fim a guerra em Moçambique, que desde Julho de 2013 envolve as Forças de Defesa e Segurança e guerrilheiros do maior partido da oposição no país.
O órgão, composto por 35 membros são do governo e igual número da Renamo, será liderado por um brigadeiro proveniente do Botswana e coadjuvado por representantes da Itália e do Zimbabwe. Foram igualmente criadas várias subunidades nas províncias de Inhambane, Sofala, Tete e Nampula, as quais poderão trabalhar noutras áreas de interesse previstas nos termos de referência.
O chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiane, disse que o seu partido pretende que os soldados da Perdiz sejam integrados no Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE), na Polícia da República de Moçambique (PRM) e nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
Saimone Macuiane espera igualmente que haja, acima de tudo, dignidade e confiança entre o Executivo e a Renamo. José Pacheco, chefe da delegação do Governo, considerou que até a próxima sessão do diálogo a questão dos termos de referência sobre os observadores internacionais está ultrapassada. As partes voltaram a reunir-se em sessão do diálogo na próxima quarta-feira.
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