Meninas e Meninos, Senhoras e Senhores, Avôs e Avós
Os mamparras desta semana são os membros do Conselho Superior da Comunicação Social (CSCS) que, perante uma série de eventos, em que pontificam os assassinatos de carácter por parte de alguns órgãos de comunicação social, têm assistido a tais actos, impávidos e serenos, como se estivessem entretidos no planeamanto de uma expedição à lua! Ao sensacionalismo e ‘pornográficos’ títulos e conteúdos que pululam em identificados órgãos, o CNCS tem mantido um silêncio aterrador.
No dia-a-dia, os moçambicanos e outras gentes que habitam e visitam este país têm sido violentados, na sua busca de informação, por um jornalismo em que pontifica a mediocridade, a heresia que os cérebros do colégio do CSCS não conseguem descortinar nas suas miopices! Em jeito de levamento da letargia em que se encontra, o CSCS emitiu um comunicado de repúdio ao solícito jornal Público.
Este jornal publicou um alegado “escândalo sexual” de um tal Pastor Magaia, cujas imagens fizeram a manchete daquele semanário e, no referido comunicado, os membros do CSCS, sem sancionarem ninguém, apenas instam “as direcções dos órgãos de informação e os profissionais da comunicação social a absterem-se de usar e divulgar imagens que podem constituir conteúdo pornográfico na Imprensa audiovisual e escrita de circulação não restrita”.
O CSCS, como órgão do regulador dos media do Estado, tem o dever de respeitar o princípio segundo o qual “ninguém deve ser condenado antes de ser ouvido”, posto que condenações são susceptíveis de transformar os supostos ofensores em vítimas, com a aparência de heróis. No caso em apreço que tirou do longo sono os membros do CSCS, seria interessante se todos soubéssemos que eles teriam ido ouvir o autor do texto, os editores e a direcção do jornal em que o alegado “escândalo sexual” foi publicado.
É que o referido jornal, desde que, em 2012, foi chamado à atenção pelos mamparras, continua a passear a sua classe como disso agora lembramos e deixamos ibpsis verbis as parte mais importantes dessa defesa: “O meu jornal tem sido conotado como sensacionalista porque aborda assuntos candentes e ao estilo da nossa linhagem. Ainda que se pense dessa forma, nós sempre privilegiamos o contraditório em torno dos assuntos que abordamos, salvo raras excepções em que a contraparte não se pronuncia, mas isso tem o seu devido tratamento”, disse Rui de Carvalho na epóca.
Alguém tem que pôr um travão neste tipo de mamparrices.
Mamparras, mamparras, mamparras.
Até para a semana, juizinho e bom fim-de-semana!