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Xiconhocas da semana: Jorge Ferrão; Armando Guebuza; Roger

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Os nossos leitores elegeram os seguintes xiconhocas na semana  finda:

Jorge Ferrão

O ministro da Educação e Desenvolvimento Humano, Jorge Ferrão, reuniu os antigos dirigentes da instituição à qual está afecto para juntos reflectirem sobre o estado do nosso ensino. Foi uma boa iniciativa, mas o erro foi não se ter indicado nenhuma solução para os problemas com que o sector se debate. Jorge Ferrão disse que o conhecimento e o número de escolas multiplicou de há anos a esta parte, mas nem por isso se produz jovens que sabem ler, escrever, pensar e, acima de tudo, amar o próximo. Parece que os alunos perderem o prazer de aprender. Nem o governante nem os convidados disseram por que razão tal acontece. Foi só um encontro para eles tomarem café e passarem o dia a fingir que estão a trabalhar. Os antídotos para erradicar os problemas que minam a depreciam a instrução em Moçambique ficaram na consciência de cada um dos ministros. Por isso, Ferrão, o mentor da tal iniciativa, é um xico-mor.

Armando Guebuza

Existe alguma categoria superior à de xico para que possamos condecorar o excelentíssimo antigo Chefe de Estado, Armando Guebuza? Este compatriota ofereceu um terreno paradisíaco a Paulo Scaroni, antigo administrador- -delegado da gigante italiana ENI, no Bilene (Gaza), a zona turística onde Guebuza também tem uma luxuosa casa de férias. O terreno é oferecido a Paolo Scaroni com a possibilidade de um DUAT (Direito de Uso e Aproveitamento de Terra) válido por 40 anos. Mas, Guebuza teve a tamanha coragem e estupidez de tomar tal atitude ou será que ele não estava no seu juízo perfeito? Que exemplo está a dar aos seus concidadãos um ex-Presidente Presidente da República que atribui benefícios desta natureza a um indivíduo praticamente estranho no território moçambicano? A gula deste antigo Alto Magistrado da Nação não tem limites e o seu comportamento já nos permite ter a ideia das falcatruas que andou a cometer quando era Presidente.

Roger

Anda por ai um indivíduo chamado Roger, que segundo as autoridades policiais está a ver o sol aos quadradinhos, acusado de aliciar 29 pessoas, com idades compreendidas entre 13 e 21 anos, na província de Gaza, com promessas de emprego decente e melhores condições de vida em Maputo, para, na verdade, submetê-las à exploração infantil. As vítimas eram forçadas a vender pipocas, ovos e rebuçados em troca de 500 meticais e foram salvas e devolvidas, há dias, às suas terras de origem pela Direcção da Acção Social. O acusado é um adulto de 42 anos de idade e mantinha as pessoas em causa “reféns” no bairro Minkajuine. Nós, como leitores, exigimos que medidas duras contra este cidadão que tenta resgatar a escravidão para atingir os seus intentos. A Justiça não pode, de forma nenhuma, ser suave para um cidadão como Roger. Será que este cidadão tem filhos? E o que ele faria se descobrisse que os seus filhos passaram pela situação a que pessoas inocentes foram submetidas contra a sua vontade?


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