O ministro da Saúde, Alexandre Manguele, reconheceu, esta Quinta-feira (18), em Maputo, diante do Parlamento moçambicano, a existência de situações de mau atendimento nas unidades sanitárias espalhadas pelo território nacional. “Com muita tristeza, ainda nos chegam, por todo o país, algumas queixas de mau atendimento, falta de respeito, falta de cortesia, falta de zelo, falta de sensibilidade e até mesmo cobranças ilícitas.”
O governante, que falava na Assembleia da República (AR), durante a sessão de perguntas ao Executivo, disse acreditar que esses actos ilícitos são protagonizados por um grupo limitado de agentes da Saúde, contra os quais o Governo continuará actuar para a sua desactivação.
Noutro desenvolvimento, Manguele afirmou que o Sistema Nacional de Saúde dispõe dos medicamentos essenciais para o tratamento das doenças que fazem parte do perfil epidemiológico em Moçambique. Reiterou, no entanto, que a sua afirmação não deve ser entendida no sentido de que o país dispõe de todo e qualquer tipo de medicamento até para o tratamento de doenças mais raras.
Manguele, que respondia concretamente à pergunta colocada pela bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) relativamente à falta de medicamentos nos hospitais pertencentes ao Serviço Nacional de Saúde, explicou que a distribuição de fármacos essenciais a todas as províncias dos país acontece a cada trimestre.
Por via disso, entre os dias 20 e 25 do mês em curso iniciará a distribuição nas províncias de medicamentos para assegurar os stocks para tratamento da malária, Sífilis, tuberculose, dentre outras doenças. “Dependendo dos casos, os abastecimentos trimestrais às províncias são intercalados por envio de urgência, sempre que se achar necessário”.
De acordo com o governante, as cheias que se registaram no inicio do presente ano tiveram como consequência a perda de vários medicamentos e material médico nos armazéns e hospitais inundados pelas águas. Este facto resultou, segundo disse, no aumento da demanda por medicamentos em muitas unidades sanitárias e hospitalares do país.
“A situação obrigou-nos a reforçar o stock disponível nas unidades afectadas para colmatar a situação da falta de medicamentos e material médico,” afirmou o ministro.